Numa reacção à mensagem festiva de Ulisses Correia e Silva, e através de comunicado de imprensa, a líder do maior partido da oposição defende que o chefe de Governo tem "clara consciência de que o ano de 2018 não foi um ano fácil".
"Também tem consciência que o país não só não está melhor, como piorou, sim, nestes quase três anos da sua governação", lê-se na nota enviada às redacções.
Para Janira, Ulisses continua a justificar os problemas actuais e a "falta de resultados" com a governação anterior, protagonizada pelo PAICV.
"É preciso dizer ao Primeiro-Ministro de Cabo Verde que ele recebeu uma boa herança", assinala a presidente da segunda força política nacional.
A presidente do PAICV entende que "o problema não é a herança", mas sim o facto de o actual Governo optar pelo "desmantelamento" daquilo que recebeu, usando como exemplo o fim do programa 'Casa Para Todos'.
Ao revisitar 2018, Janira Hopffer Almada recorda "um ano difícil".
"Para as famílias, com a sua vida a piorar, com o aumento do custo de vida, com o aumento dos preços dos bens e serviços essenciais (como a água, a luz, o gás, o combustível e os transportes)", destaca.
"Para os jovens, que passaram a ter menos oportunidades de ensino, com a redução das bolsas de estudo e dos apoios sócio-educativos, e com mais 6.000 pessoas lançadas no desemprego, relativamente ao ano transacto", acrescenta.
"Para as empresas, que continuaram a debater-se com o problema do financiamento, cada vez mais difícil de resolver, uma vez que o Estado passou a ser um forte concorrente dos privados, no acesso ao crédito", conclui.
Os jovens estiveram no centro da habitual mensagem de Natal do Primeiro-Ministro, transmitida segunda-feira, na televisão e rádio públicas. Ulisses Correia e Silva prometeu mais "políticas activas de emprego" e garantiu que "a economia do país está a crescer bem e vai criar mais empregos".
"Políticas activas de emprego e empregabilidade vão ser reforçadas, através do aumento significativo de acesso à formação profissional, a estágios profissionais e a complemento da formação universitária, para responder às necessidades do mercado de trabalho", afirmou.