Segundo a governante, este novo instrumento impõe que a Uni-cv proceda à reestruturação de oferta formativa que, conforme explicou, “tem que ser de acordo com as necessidades do desenvolvimento do país”.
Martitza Rosabal fez este anúncio ao ser interpelada, no Parlamento, pela deputada da UCID, Dora Oriana, a propósito da intervenção do Governo no que concerte à situação financeira da Universidade pública.
Para a ministra, além de ofertas formativas em consentâneo com o desenvolvimento de Cabo Verde, há ainda que apostar na “qualificação do corpo docente”, assim como o estabelecimento de um sistema de garantia da qualidade do ensino superior, o que vai “potenciar os ganhos e a adequação aos padrões internacionais”.
Salientou, ainda, a necessidade de uma “eficiência” na arrecadação de recursos financeiros, assim como a “eficácia na aplicação” desses mesmos recursos.
“Há uma outra questão que está em pauta, que é o ajustamento do processos de gestão dos recursos humanos, tanto do pessoal docente, como do não docente”, precisou Rosabal, acrescentando a necessidade do “alinhamento da área da investigação desenvolvida pela Uni-CV com a agenda nacional da de investigação”, porque isto permite às universidade “angariar fundos e receitas” para o funcionamento.
A parlamentar eleita nas listas da UCID quis também saber se haverá mais bolsas de estudo para o próximo ano lectivo, mas esta preocupação ficou sem resposta da ministra da Educação, mas em relação aos estudantes portadores de deficiência garantiu que os 38 pedidos foram atendidos.
Dora Oriana quis também saber por que razão vai ser introduzida nas escolas públicas a “educação moral e religiosa”, uma vez que, segundo ela, Cabo Verde é um “Estado laico”.
Em resposta, a governante lembrou que foi o Parlamento que aprovou uma lei sobre a liberdade de religião e culto e que ao abrigo deste diploma a Igreja Católica pediu a introdução, “com carácter opcional” e não fazendo parte das classificações, da referida disciplina em “13 escolas do país”.
“Foi ao abrigo deste quadro legal, aprovado pelos deputados, nesta casa parlamentar, que foi aprovado este pedido (da Igreja Católica)”, explicou a ministra da Educação.