Presidente quer conhecimento mútuo para "integração plena" na CEDEAO

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,28 mai 2019 17:03

Jorge Carlos Fonseca
Jorge Carlos Fonseca(Inforpress)

​O Presidente da República defende que a integração plena só é possível quando os cidadãos dos países da CEDEAO começarem a ter um melhor conhecimento mútuo da realidade de cada um dos países que integra a Comunidade.

Jorge Carlos Fonseca falava na abertura da conferência “Os desafios actuais da integração política, económica e cultural na África Ocidental”, promovida pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), no âmbito da 2ª Semana da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorre desde o dia 24 e prolonga-se até quarta-feira, 29.

“A aposta de Cabo Verde numa integração plena só é possível quando nós os cabo-verdianos e os cidadãos dos demais países da CEDEAO começarmos a ter um melhor o conhecimento mútuo da realidade de cada um dos países que integra a CEDEAO. Este melhoramento passa pela troca de experiências e conhecimento profundo das instâncias da CEDEAO”, defendeu.

O chefe de Estado lembrou que há um mercado potencial por explorar. Cabo Verde tem que ser criativo e acutilante na defesa da sua pertença à CEDEAO, entende.

“Para isso, teremos que ser perspicazes, olhar para a nossa região de forma descomplexada, ver e estudar até onde poderemos ser úteis ao espaço da CEDEAO, sempre tendo em linha de conta a nossa especificidade e vulnerabilidade enquanto país arquipélago”, propôs.

“Continuamos a trabalhar para encontrar formas de estabelecer, num futuro muito próximo, linhas marítimas e aéreas que possam fomentar e dinamizar trocas comerciais entre os países da CEDEAO, uma necessidade reconhecida por todos, mas que exige de cada um de nós uma resposta eficaz e oportuna”, vincou.

Jorge Carlos Fonseca entende que Cabo Verde deve, igualmente, criar condições para que as matérias-primas da CEDEAO sejam exploradas e transformadas no espaço da CEDEAO.

“A supressão das barreiras fictícias existentes seria o primeiro passo para uma real integração económica no espaço da CEDEAO. A supressão de tais barreiras facilitaria sobremaneira a internacionalização das nossas empresas e investimentos joint-venture na nossa região”, sublinhou.

A iniciativa, que decorreu nas instalações do Pólo III da Uni-CV, em Cruz Grande – Achada Falcão, Santa Catarina, contou com a intervenção da reitora da Uni-CV, Judite Nascimento, entre outras participações.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,28 mai 2019 17:03

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  24 fev 2020 23:21

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