"Para mim, Cabo Verde foi muito passivo em termos de intervenção, para apoiar claramente uma das posições, uma do lado do Presidente da República e outra do colectivo que alinha com o PAIGC. É opinião pessoal, mas senti que Cabo Verde devia ter uma posição clara sobre a situação da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos", disse Pedro Barbosa Mendonça, citado pela Lusa.
De acordo com a agência de notícias, o presidente da comissão política do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Cabo Verde falava em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para manifestar apoio e incentivar a candidatura do líder do partido, Domingos Simões Pereira, às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para Novembro próximo.
Depois da rejeição de Domingos Simões Pereira, para o cargo de Primeiro-Ministro, o partido vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, chefe do Governo cessante.
O novo Governo foi nomeado a 03 de Julho, quase quatro meses depois das legislativas.
Presidenciais
Na conferência de imprensa, na Praia, o responsável local do PAIGC em Cabo Verde, disse também já foram recolhidas mais de 1.500 assinaturas junto da comunidade guineense residente no país, a solicitar no sentido de o líder do partido se apresentar às próximas presidenciais.
O apelo a Domingos Simões Pereira, justificou Pedro Mendonça, “alicerça-se no reconhecimento do projecto político” deste dirigente conhecido por “Terra Ranca Mais” e cuja “implementação ficou à testa do primeiro-ministro imposto pelo ex-Presidente da República José Mário Vaz contra a vontade do povo”.