O chefe do executivo falava numa conversa aberta, realizada na tarde de sexta-feira, no Auditório Onésimo Silveira, da Universidade do Mindelo, onde respondeu a diversas perguntas, das políticas para a juventude, à regionalização, passando pela manifestação de 5 de Julho.
“O país não começa e não termina nos Governos e no Estado, começa nos cidadãos. São estes estão que no Governo, nas instituições”, disse.
Para o primeiro-ministro, a dicotomia entre “cidadão vítima” e o Estado que “castiga e que dá” é a “pior forma” de se abordar o desenvolvimento. Este repto, acrescentou, é “especialmente válido” para São Vicente, que precisa que os jovens conheçam as políticas do Governo para este segmento da população, em que se incluem “várias linhas de crédito” e formações disponíveis.
“Procura-se, arrisca-se para se conseguir ter sucesso”, lembrou Ulisses Correia e Silva.
Questionado sobre a “alta participação” na manifestação de 5 de Julho, o chefe do Governo disse não querer fazer comentários. Lembreu que a manifestação é "um direito", mas acrescentou que “não se pode criar a ideia contrária, de quase uma ditadura, de que só porque têm 10.000 podem impor a 500 mil cabo-verdianos”.
“Temos que ter o sentido do equilíbrio e ter o sentido da razoabilidade”, reforçou.
Na conversa participaram ainda os secretários de Estado da Economia Marítima, Paulo Veiga, e da Juventude, Carlos Monteiro.