Uma situação que leva o presidente regional dos democratas cristãos, Jorge Pinto da Fonseca, hoje em conferência de imprensa, a falar de gestão danosa.
“A não resposta das solicitações da UCID afigura-se-nos como uma confissão por parte do edil, da péssima gestão do município, pelo que solicitamos ao Tribunal de Contas, bem como ao Ministério das Finanças, a debruçarem-se sobre o assunto, de forma a esclarecer aos cabo-verdianos sobre a verdadeira situação financeira e patrimonial da Câmara Municipal”, solicita.
O partido diz que a Câmara Municipal de São Vicente foi alvo, em Maio, de uma inspecção das Finanças, pelo que pede a publicação dos resultados. O responsável partidário refere que os dados do Orçamento de 2018 dão conta de uma dívida municipal de mais de 70 mil contos. Deste montante, a edilidade terá assumido apenas cerca de metade e pago 17 mil.
O pagamento dos salários, assim como as responsabilidades para com os fornecedores são outras questões levantadas.
“A nossa preocupação é ainda maior quando se sabe que, infelizmente, a Câmara tem tido dificuldades em conseguir efectuar os pagamentos dos salários em tempo útil, bem como aos fornecedores de serviço e neste último caso tem recorrido muitas vezes ao pagamento das dívidas usando bens imóveis do município”, acusa.
O partido voltou a trazer à baila a questão relacionada com o último empréstimo de 200 mil contos, autorizado pela Assembleia Municipal. Os democratas questionam o porquê da sua não utilização até ao momento. A Câmara já disse que o montante é destinado à asfaltagem da estrada cidade/Ribeirinha, o que deverá ser feito após a época das chuvas.