Em conferência de imprensa, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, disse que a queda de Cabo Verde neste ranking mostra que o país está a perder competitividade em relação aos seus concorrentes, reforçando que isto significa uma retracção para os que queiram visitar e investir em Cabo Verde e tem “efeitos negativos” no crescimento económico do país.
O Governo, segundo disse, “está a falhar redondamente nas promessas e nos compromissos que assumiu com os cabo-verdianos”, realçando que o mesmo não está a encarar os desafios existentes.
“Prometeu colocar Cabo Verde no top 30 dos países mais competitivo do mundo ate 2021, com esta pontuação fica evidente que não chegaremos a essa meta. Prometeu promover as externalidades positivas do turismo, adoptar uma estratégia do turismo, eliminar as principais fraquezas do turismo em sede de segurança, saneamento, promoção internacional do destino, reforçar a articulação entre o turismo, ambiente e a segurança”, lembrou.
Janira Hoppfer Almada recordou ainda que o Governo prometeu colocar os serviços de transportes ao serviço do turismo, mas está a fazer “exactamente o contrário”, considerando, neste sentido, que, a nível dos transportes internos, as ligações são “mais caras” os serviços são “mais ineficientes” e “muito mais difíceis”.
No entender do PAICV, é preciso trabalhar para transformar Cabo Verde num destino de referência, sugerindo que para se chegar a esse desafio é preciso enfrentar os desafios da competitividade, sustentabilidade, concentração e maximização do impacto sobre a riqueza e bem-estar dos cabo-verdianos.
“Se Cabo Verde perdeu cinco posições que dizer que perdeu a competitividade então deve trabalhar para adequar e melhorar as condições de saúde e saneamento e melhorar as condições a nível de segurança”, ajuntou, defendendo ser fundamental que o Governo dê prioridades aos sectores de viagens e turismo nas políticas públicas.