Amadeu Cruz falava durante o Fórum internacional “Clima/ Variabilidade e Alterações Climáticas -Impactos na Economia na CPLP e em África”, organizado pelo Centro Internacional de Investigação Climática e Aplicações para a CPLP e África (CIICLAA).
O governante disse ainda que a capacidade de resposta a esses eventos climáticos tende a ficar “insuficiente” num contexto de emergência e de alerta da comunidade científica internacional.
“A destacar a seca, a erupção vulcânica em 2014, na ilha do Fogo, que provocou a deslocação das populações, os impactos da passagem do furacão Fred, de categoria 1, em 2015, que provocou estragos significativos em várias infra-estruturas, inundações e perdas de culturas agrícolas, as chuvas torrenciais de 2016, com cheias e encharcadas que deixaram grande destruição na região norte do país e ainda estamos presenciando uma das secas mais severas, desde 2017”, apontou, afirmando que as “poucas” precipitações até agora, em 2019, podem indicar o terceiro ano consecutivo de seca severa.
Ainda segundo Amadeu Cruz, a seca severa pode colocar em risco a segurança alimentar da população no meio rural e afectar a viabilidade das explorações agro pecuárias, além da deterioração das poucas áreas florestais do país.
“Na verdade, temos assistido a cenários mais destruidores, até com perdas humanas nos países irmãos, como em Moçambique, onde ocorreram chuvas ciclónicas recentemente, ou em Portugal e em Brasil, onde incêndios florestais continuam a ter consequências relevantes”, avançou.
A introdução de informações climáticas nos planos estratégicos nacionais, da programação e elaboração de projectos de adaptação e mitigação dos vários sectores sensíveis do clima, a educação ambiental são, de acordo com o Secretário de Estado da Educação, elementos cruciais para a resiliência da economia dos nossos países.
O Fórum internacional sobre “Clima/Variabilidade e Alterações Climáticas - Impactos na Economia na CPLP e em África” decorre entre os dias 24 e 26 de Setembro, na Universidade de Cabo Verde.