Em conferência de imprensa, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, afirmou que Cabo Verde não está imune ao agravamento das mudanças climáticas e às suas consequências. A título de exemplo, apontou que a realidade do país demonstra que a agricultura e a pecuária são os sectores “mais” vulneráveis.
“Desde 2018 que o país enfrenta o risco da insegurança alimentar, em particular da população rural, com a redução da agricultura de sequeiro e da produção agro-pecuária”, disse.
Essa realidade, de acordo com a líder do PAICV tem impactos noutros sectores, nomeadamente no turismo, provocados pela erosão costeira e pela subida do nível do mar.
“Esse futuro mais quente e seco, já projectado, implica o desvio de objectivos estratégicos e a tomada de medidas para aumentar a resiliência e resistência de Cabo Verde às mudanças climáticas”, enunciou.
Por isso, prosseguiu a líder da oposição, na Reunião do Presidium, o PAICV apelou ao respeito pelas resoluções de países e organizações internacionais sobre a gravidade da situação que se vive actualmente. Defendeu ainda, de acordo com a mesma fonte, que para pequenos países, como Cabo Verde, deve haver uma agenda especifica que tenha em conta as sua vulnerabilidades e características.
“São os que menos contribuem para as mudanças climáticas e os que são mais afectados por essas mudanças e não têm recursos suficientes para fazer face às consequências dessas mudanças climáticas, com a tomada de medidas correctivas”, finalizou.