Em conferência de imprensa, hoje, em São Vicente, o ministro da presidência, Fernando Elísio Freire, explicou que a nova universidade vai promover e concretizar a visão do Governo no âmbito da criação da Zona Económica Especial de Economia Marítima na ilha do Monte Cara.
“Que é desenvolver um sistema educativo capaz de proporcionar o saber e conhecimentos necessários à economia e à formação integral de uma verdadeira economia marítima nesta região, reorganizar o modelo de ensino superior e autonomizar a Universidade Técnica do Atlântico. Ou seja, a Universidade Técnica do Atlântico será praticamente uma nova universidade, terá a sua reitoria e o Governo pensa, até Dezembro, criar a comissão instaladora”, enfatiza.
A Universidade Técnica do Atlântico, que vai integrar o Campus do Mar, em São Vicente, terá quatro unidades orgânicas ligadas ao ensino superior de ciências e tecnologias agrárias, à indústria aeronáutica e do turismo, às artes e à cultura, às engenheiras e a ciência do mar.
“Essas unidades orgânicas é que darão corpo a tudo aquilo que é a estratégia do Governo de autonomizar uma Universidade Técnica Atlântica nesta região do país, permitindo que Cabo Verde tenha dois grandes centros do saber, o que nos permitirá ainda mais melhorar o nosso sistema educativo e preparar o país para ser cada vez mais competitivo e com estudantes cada vez mais bem preparados”, explica.
Para o Governo, a ideia é reforçar o ensino superior e permitir que o mesmo esteja ao serviço daquilo que é a vocação desta região a nível das ciências agrárias, turismo, aeronáutica, ciências do mar, arte e cultura.
Na sequência, o Conselho de Ministros aprovou o Projecto de Proposta de Resolução que determina a transferência do património afecto à faculdade de Engenheiras e Ciências do mar (FECAM) da Universidade de Cabo Verde, bem como a universalidade dos direitos e obrigações da FECAM para a Universidade Técnica do Atlântico e a Escola do Mar.