“As pessoas têm que sentir a sua vida a melhorar quando ouvem que o país está a crescer cinco vezes mais e essa melhoria tem que reflectir na sua vida em coisas claras como a saúde, habitação, acesso à educação, mas sobretudo no poder de compra”, reconheceu.
A líder do maior partido da oposição falava aos jornalistas, na cidade da Praia, à saída de um encontro com o cardeal Dom Arlindo Furtado, para a partilha de ideias e “preocupações” com a situação de “alguns sectores” no país.
“Pude partilhar com o cardeal o desejo forte que 2020 seja um ano melhor para Cabo Verde e para os cabo-verdianos, considerando que 2019 não foi o ano que os cabo-verdianos esperavam e que o país precisava”, declarou.
Conforme lembrou, foi um ano de “muitas preocupações” no que se refere à segurança e criminalidade, mas também marcado pelo terceiro ano consecutivo de seca, que, no seu entender, acaba por criar “várias dificuldades”, particularmente às pessoas do campo.
Segundo observou, o país está a crescer cinco vez mais, mas “não há a actualização salarial e não houve melhoras no acesso à saúde”.
“Prova inequívoca disso são os indicadores. Nós podemos fazer já o balanço do ano 2019 e abordar os indicadores um por um e ponto por ponto. Por exemplo, Cabo Verde tinha maior esperança de vida em África e já perdemos posição em decorrência da falta de políticas para aumentar o acesso à saúde”, demonstrou.