Na declaração política, a deputada do PAICV defendeu que se impõem em Cabo Verde “acções concertadas, multidisciplinares e com um elevado sentido de responsabilidade para preparar o país principalmente para a prevenção, sem descurar outras acções de mobilização de recursos técnicos, humanos e materiais para uma eventual indesejada importação da doença como, aliás, outros países estão a fazer”.
Numa declaração política que reuniu o consenso de todos os partidos com assento parlamentar, Ana Paula Santos apelou a que Cabo Verde, enquanto membro da Organização Mundial de Saúde, procure "cumprir as recomendações daquela organização, no sentido da elaboração e aplicação de medidas preventivas e planos de contingência, adaptadas às avaliações locais de risco. Desde logo deve pôr em acção as orientações e recomendações da OMS no sentido de incentivar os Governos a cooperarem e coordenarem principalmente nos domínios dos recursos humanos e materiais, bem como fundos necessários para o combate à epidemia”.
A crítica surgiu quando a deputada do PAICV afirmou que, desde o início da epidemia, se tem assistido “a declarações públicas de vários actores com responsabilidades no sector da saúde, infelizmente, nem sempre articuladas e consertadas o que pode não ser muito bom para momentos como o que estamos a vivenciar”.
“Este parece ser o momento de uma profunda articulação e de uma grande sintonia de acções entre todos os atores com responsabilidade para uma comunicação mais assertiva e para uma mensagem consistente e credível que ao mesmo tempo deve tranquilizar, responsabilizar e mobilizar a população para enfrentar de forma engajada este desafio”, concluiu.