O navio, construído na Coreia do Sul, chegou ao país em Janeiro, para reforçar a frota do Cabo Verde Interilhas. O início das operações estava previsto para 18 de Fevereiro.
O registo do navio foi autorizado pelo Instituto Marítimo e Portuário.
Segundo Antúnio Barbosa, aguarda-se neste momento a inspecção que deverá ser realizada por técnicos do IMP.
“O navio foi adquirido para operar entre São Vicente e Santo Antão. De Dezembro a Fevereiro é a época do ano onde a agitação marítima é um pouco mais intensa e as vagas ou as ondas atingem em média cerca de 3 metros, portanto não há aqui nenhum problema. Por outro lado, o navio vai ser objecto de uma inspecção pelo IMP, que ainda não foi feita, portanto, deve-se aguardar que se faça a inspecção e se tenha os resultados”, afirma.
Antúnio Barbosa garante que a questão da flutuabilidade ou estabilidade do navio está “salvaguarda”.
O responsável pede contenção e chama a atenção para aquilo que considera serem declarações avulsas e sem fundamento.
“Está-se a criar uma narrativa negativa sem fundamentação. Espera-se que a inspecção seja feita, que o navio entre em operação, obtêm dados e resultados, para depois julgarem. Não podem partir de antemão que isto é negativo, porque há alguma motivação (...) Não é correcto estar a fazer afirmações categóricas sobre custos exorbitantes, sobre segurança e criar suspeições com efeitos negativos no mercado”, alerta.
O navio Chiquinho BL, da Cabo Verde Interilhas, com 76 metros de comprimento, tem capacidade para 430 passageiros, 50 viaturas ligeiras e outra de até 50 toneladas de peso.
Construído na Coreia do Sul, o barco foi adquirido exclusivamente para as ligações entre São Vicente e Santo Antão, linha que representa cerca de 70% do tráfego no país.
Contudo, desde a sua chegada, tanto os partidos na oposição, como outras personalidades ligadas ao sector dos transportes marítimos, como é o caso da Associação dos Armadores da Marinha Mercante, têm questionado a "adequação" do Chiquinho BL às águas de Cabo Verde.