UCID critica "sigilo" em torno da concessão do transporte marítimo.

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,11 fev 2019 14:57

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António Monteiro
António Monteiro(Rádio Morabeza)

​A UCID aguarda com expectativa o desfecho do concurso público internacional para gestão e exploração do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre as ilhas de Cabo Verde. Segundo o presidente do partido, a oposição está "às cegas" em relação ao processo.

A posição é expressa por António Monteiro que aponta o dedo ao que classifica de excesso de sigilo, por parte do governo, perante um assunto fundamental para o país.

“Infelizmente, temos que dizer que estamos também às cegas, porque o governo gere estas questões como se de um grande segredo de Estado se tratasse. Entendemos que questões de transportes, marítimos, aéreos ou terrestres, não devem ter tanto sigilo", observa.

"Estamos também expectantes para ver que decisão o governo vai tomar. Pensamos que o governo, tendo em conta a chamadas de atenção que nós, enquanto oposição, fizemos, estará a repensar e provavelmente a fazer uma marcha-atrás, para podermos dar aos armadores nacionais as condições de poderem melhorar e prestar um melhor serviço ao país”, afirma

O grupo português Transinsular venceu o concurso público internacional de concessão dos transportes marítimos, lançado a 30 de Janeiro de 2018. O vencedor foi anunciado em Outubro e as negociações estão a decorrer.

Quanto ao modelo escolhido, o Governo garante uma concessão única de serviço público de transportes marítimos inter-ilhas, que será contratualizada e subsidiada até chegar ao ponto de equilíbrio operacional.

O presidente da UCID e deputado nacional chama a atenção do governo para que se evitem aventuras que custam caro ao país e exemplifica com o caso da TACV.

“Gostaríamos que as análises fossem feitas, dentro do nosso contexto, e evitarmos algumas aventuras que acabam por custar muito caro ao país. Temos o exemplo dos TACV, em termos domésticos, que do ponto de vista da UCID é um exemplo que deve ser considerado. Não vamos cometer o mesmo erro, só por capricho pessoal ou por vontade de mostrar que quem manda é quem tem maioria”, sublinha.

António Monteiro falava à imprensa no balanço da visita de círculo que efectuou. Em cima da mesa estiveram igualmente a questão do desemprego, acessibilidades para as zonas mais periféricas da cidade do Mindelo e a habitação social.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,11 fev 2019 14:57

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  3 nov 2019 23:22

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