O presidente da UCID, em conferência de imprensa, hoje, no Mindelo, chama a atenção para o rácio de pessoas inactivas.
“Analisando os dados no que toca ao rácio de pessoas consideradas inactivas, com as consideradas activas, chega-se à conclusão que o quociente é extremamente elevado, atingindo quase 80 %, o que pode ser considerado de muito grave , já que o número de cidadãos inactivos aproxima-se perigosamente do número de cidadãos activos, o que põe em perigo, a continuar o tal cenário, todo o equilíbrio social”, afirma.
Os dados do INE estimam um aumento da população inactiva em 17.403 pessoas, passando de 160.157 pessoas, em 2017, para 177.560, em 2018.
A UCID estranha que o crescimento económico anunciado nos últimos 3 anos não se tenha reflectido na criação de emprego de forma objectiva. O líder dos democratas-cristãos fala em insuficiência de políticas públicas para a criação do emprego.
“Os números apresentados vêm por a nu a ineficiência das medidas de políticas, sociais e económicas levadas a cabo pelo governo, o que, por si, significa uma vida cheia de dificuldades para um número cada vez maior de cidadãos cabo-verdianos, contrariando assim os compromissos assumidos pelo governo na altura da campanha eleitoral. Não se consegue entender que com o aumento nominal da dívida pública em mais de 50 milhões de contos, o país não tenha tido capacidade de criar empregos nestes 3 anos de governo do MpD”, aponta.
António Monteiro chama a atenção para o número de jovens quadros fora do mercado de trabalho, considerando quem o país está a desperdiçar as suas capacidades produtivas.
Desemprego mantém-se nos 12,2%
Sem alterações em relação ao ano anterior. Taxa de desemprego mantém o mesmo valor de 2017 sendo maior entre os jovens 15-24 anos (27,8%). O Instituto Nacional de Estatística registou, em 2018, uma diminuição da população empregada em Cabo Verde.