Para Janira Hopffer Almada, o Governo e a maioria que o suporta, o MpD, pretendem que a oposição analise o OR sobre os joelhos e em menos de sete dias, uma vez que, referiu, o documento foi entregue a 30 de Junho e distribuído a 2 de Julho.
“Fica claro que esse agendamento em regime de urgência, inédito no Parlamento, de um diploma tão importante como o Orçamento Rectificativo, tem um único objectivo: O governo e a maioria não querem que os deputados tenham tempo para analisar o Orçamento Rectificativo”, sublinhou.
Segundo a responsável do PAICV, a ideia com que se fica é que o Governo e a maioria “não querem um debate sério” do OR e “tentam impor uma discussão em apenas três horas, para que o PAICV tenha menos de 1 hora para apresentar a sua visão e a sua posição sobre este documento tão importante”.
Por outro lado, referiu Janira Hopffer Almada, para o PAICV, e em contexto de crise é preciso haver contenção. Por isso mesmo, disse, “não era expectável” um aumento no orçamento, “como o que se registou”.
A líder partidária realçou ainda que o País não pode continuar a endividar-se para fazer gestão corrente e suportar despesas de funcionamento, “como tem acontecido nestes quatro anos e ainda antes da crise pandémica”.
Janira Almada acrescentou que, apesar do contexto de crise e da escassez de recursos do País, continuam a ser criadas novas estruturas, “como é o caso do Instituto da Juventude e do Desporto”, novos cargos, com salários “exorbitantes” e provocando, “claramente”, um aumento de despesas em domínio “que não são essenciais”.