Ulisses Correia e Silva, que visitou as obras do projecto de habitação social, recorda que os trabalhos estiveram suspensos durante algum tempo devido à COVID-19. O chefe do executivo garante que a obra decorre a bom ritmo. A sua conclusão está prevista para Abril do próximo ano.
“A retoma está sendo feita com muita força e pensamos que em Abril poderá estar a ser entregue às 88 famílias mais pobres que moram em barracas nesta zona, e que já estão identificadas. As famílias poderão ter acesso a uma habitação condigna, com boas condições nos apartamentos, com espaços de lazer, particularmente para as crianças. É um condomínio que irá mudar esta zona”, diz.
O primeiro-ministro reconhece que a expansão de bairros de lata é um fenómeno que acontece um pouco por todo o país, mas garante que o problema já está identificado. Por isso, afirma que nos próximos tempos, e de acordo com a Agenda 20/30, o país terá necessidade de investir cerca de 10 milhões de contos por ano, e durante 10 anos, para poder dar satisfação à demanda da habitação social.
“Nomeadamente a degradação de habitação que encontramos em Santiago, no Sal, em São Vicente, na Boa Vista, um pouco por todas as ilhas. Depois dar satisfação à procura de novas casas. Portanto, vai ser uma das nossas grandes prioridades. Ligada à habitação social condigna, o acesso à água, a casas de banho, ao saneamento, porque estamos a ligar a problemática da habitação e do acesso à água e saneamento à problemática da segurança sanitária. A partir de 2021 estaremos em condições de lançar programas muito fortes neste domínio da habitação social”, afirma.
O projecto de Portelinha, em São Vicente, contempla a construção de 88 habitações com uma área de 90m2 cada, tipologia T2, constituída por dois quartos, uma casa de banho, sala de estar, uma cozinha e uma arrecadação.
O condomínio, cujas casas estão divididas em 11 blocos agrupados em quatro conjuntos, abarca a edificação de equipamentos sociais, designadamente espaços verdes, parque infantil e de estacionamento.