Luís Filipe Tavares afirma que o governo não está a tomar nenhum partido.
“Absolutamente, não estamos a tomar nenhum partido. Como membro da Interpol, a PJ cumpriu um mandato de forma legal e entregou o Saab à justiça que mandou efectivar a prisão”, afirma.
A entrevista do ministro surge depois da demissão do PCA da EMPROFAC, Gil Évora, na sequência de uma alegada viagem, relacionada com o processo, supostamente efectuada na companhia de Carlos Anjos.
O governo diz que não enviou emissários a Caracas.
O responsavel pela diplomacia caboverdiana, sem muitos pormenores, reafirma que “o ex-PCA da Emprofac violou as suas obrigações como gestor público”.
Durante a entrevista, o governante centrou as suas críticas na líder do PAICV, que acusou de colocar em causa a “credibilidade do Estado de Cabo Verde” .
“Há um recurso que está no Supremo Tribunal da Justiça e vamos deixar, tranquilamente, a justiça fazer o seu trabalho, não com afirmações ridículas e que não engrandecem o Estado de Cabo Verde”, comentou.
O PAICV exige “melhores explicações” sobre o alegado envio de emissários à Venezuela – algo que o governo já negou - e classifica o caso de “tempestade diplomática”
Alex Saab Morán, considerado alegado testa de ferro do presidente da Venezuela, foi detido no dia 12 de Junho, na ilha do Sal. Aguarda desde julho o final do processo de extradição para os Estados Unidos da América.