Em declarações à imprensa no início da reunião, o vice-presidente do partido e porta-voz da reunião, João Baptista Pereira, adiantou que desse encontro deverão sair orientações que vão nortear o partido para a vitória nos próximos embates eleitorais.
João Baptista Pereira frisou que o PAICV saiu das eleições autárquicas de 25 de Outubro com resultado “muito positivo” e que dá mais alento ao partido para as próximas eleições.
“Os cabo-verdianos depositaram confiança no PAICV em alguns municípios do país. Antes tínhamos dois municípios onde o PAICV era governo, e agora passamos para oito, o que é um sinal importante. E nós estamos a trabalhar para dizer aos cabo-verdianos que o PAICV está preparado para assumir a governação do país caso venha a merecer a confiança dos cabo-verdianos”, disse.
O porta-voz do conselho nacional indicou que o PAICV esta focado numa nova forma de fazer política e de governar, com mais transparência e com prioridades claramente definidas.
“Nós entendemos que haver mais transparência na governação do país e a condição ‘sine qua non’ para nós podermos libertar recursos para serem canalizados para as prioridades do pais”, disse apontando para a questão do emprego e da saúde.
“Neste momento, o PAICV está completamento focado em trabalhar respostas e soluções para o país justamente para fazer face ao problema do desemprego que deverá atingir cifras elevadas agora em 2021 e a situação da saúde”, acrescentou.
Falando concretamente da questão da transparência, João Baptista Pereira afirmou que não é novidade para ninguém que a governação do MpD não andou bem e falou concretamente dos “grandes dossiês”, nomeadamente na área dos transporte, onde afirma tem havido “muita falta de informação e negócios obscuros com prejuízos para os cabo-verdianos”.
João Baptista Pereira lembrou que o país está assolado com uma pandemia que gerou uma crise sem precedente a nível social económico e sanitário e um Governo que passou cinco anos em “manobras e em negócios pouco transparentes”, sem definir claramente as prioridades do país.
“O crescimento propalado a 5% não foi sustentável porque não pode haver crescimento sustentado com redução em sectores sociais fundamentais como é o caso da educação da saúde e da agricultura e, portanto, a situação que temos hoje é periclitante”, sustentou.
Neste sentido salientou que a situação exige que o PAICV assuma as suas responsabilidades e se posicione como portador de esperança e soluções que podem, efectivamente, impactar a vida dos cabo-verdianos, minimizar os impactos da pandemia e colocar o país na rota do crescimento qualitativo.
A reunião do Conselho Nacional prolonga-se ao longo deste domingo.