Em declarações à Lusa, a chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, afirmou que é a "primeira de muitas coisas". Segundo a chefe da diplomacia guineense, em "47 anos de independência da Guiné-Bissau, nunca Cabo Verde, após a sua independência, tinha aberto uma embaixada".
Cabo Verde tinha apenas um consulado em Bissau.
"Isto demonstra o bom relacionamento que existe, neste momento, entre os nossos dois países", afirmou.
A chefe da diplomacia guineense disse que a nova embaixada de Cabo Verde em Bissau não será inaugurada durante a visita de Jorge Carlos Fonseca, mas que o chefe de Estado cabo-verdiano vai deslocar-se acompanhado de uma grande delegação empresarial.
A visita decorre entre segunda e quarta-feira.
Na quinta-feira passada, o Presidente cabo-verdiano nomeou o diplomata Camilo Querido Leitão da Graça embaixador de Cabo Verde em Bissau.
Até agora, o embaixador cabo-verdiano na Guiné-Bissau não era residente no país, acumulando com outras representações.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, a visita servirá para o reforço e relançamento das relações entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
"São países que têm laços históricos de cultura e muitas cumplicidades e poderá ser um momento importante para relançar, reforçar, aproximar cada vez mais os dois povos", afirmou anteriormente o Presidente.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, já tinha convidado o seu homólogo para a sua tomada de posse, no início do ano passado, então marcada por uma crise pós-eleitoral, mas que não se concretizou.
Em novembro do ano passado, Umaro Sissoco Embaló formalizou o convite ao homólogo de Cabo Verde para uma visita oficial ao país, para "reforço" dos "laços históricos" entre os dois Estados.
A carta-convite foi entregue pelo embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, M´Bala Fernandes, que foi recebido pelo chefe de Estado cabo-verdiano, que é atualmente presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).