Ulisses Correia e Silva, no discurso em que proclamou a vitória do MpD nestas eleições legislativas assegurou que o seu partido vai “continuar o bom trabalho” e que os números ditados pelas urnas serviram de “lição” para a oposição.
“Foi uma grande vitória, a vitória de Cabo Verde. Nós estávamos à espera desta vitória”, disse o presidente do MpD durante o seu discurso de vitória na sede nacional do partido, na Praia.
Ullisses Correia e Silva disse ainda que tudo aponta para que o MpD consiga uma nova maioria absoluta apontando para a eleição de 38 deputados em vez dos 40 que foram eleitos em 2016. Ainda assim um número que permitirá ao MpD manter a maioria absoluta.
“Fizemos uma boa campanha, um bom combate, conseguimos convencer os cabo-verdianos da justeza daquilo que foi o percurso da governação, uma situação muito difícil, e da justeza das nossas propostas para o futuro”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
“Estamos aqui para continuar um bom trabalho: colocar Cabo Verde no caminho seguro para o desenvolvimento, colocar Cabo Verde mais resiliente”, disse ainda.
Durante o seu discurso Ulisses Correia e Silva destacou que este resultado foi uma forma de o povo mostrar que não se revê na oposição. "A mensagem dos cabo-verdianos é muito clara. É uma mensagem de compromisso para o futuro, é uma mensagem de confiança, é uma mensagem de rejeição também a um tipo de política que não deve fazer escola aqui em Cabo Verde. Populismo exagerado, irresponsabilidade, falta de sentido de Estado. Os cabo-verdianos deram também um cartão vermelho a este tipo de oposição", afirmou.
“Em 2016 [vitória do MpD] eu tinha dito que ninguém perdeu as eleições. Desta vez houve perdedores. Houve perdedores relativamente àqueles que fizeram da política a forma de ataque, não ao Governo nem ao MpD, mas ataque ao país, política de terra queimada, uma oposição pouco contributiva, negacionista”, criticou.
“Trouxe muito pouco para o país. E em situações muito difíceis, nós esperávamos que houvesse uma atitude diferente. É uma lição para esta oposição, porque Cabo Verde precisa de uma oposição forte, mas responsável, com sentido de Estado”, enfatizou o líder do MpD.