O presidente do partido que sustenta o governo discursava este sábado, na Praia, num encontro com os cabeças-de-lista do MpD nas autárquicas de 25 de Outubro.
“Há pouco mais de quatro anos, os cabo-verdianos votaram no MpD, com um compromisso muito forte de transformar Cabo Verde. É preciso não esquecer que fomos para as eleições com um programa de legislatura para cinco anos, com uma projeção para a década, sabendo desde o início que precisávamos e precisamos de mais tempo. Transformação não é suficiente ser feita em quatro anos ou em cinco anos. Precisamos de dez e vamos ter dez”, afirmou o líder do MpD
O também primeiro-ministro destacou os indicadores registados no país no período antes da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, sobretudo a nível do crescimento económico, melhoria do rendimento das famílias e melhoria do ambiente de negócios e assegurou que o executivo já está a trabalhar para o relançamento da economia.
“A crise veio interromper um percurso. Estamos a trabalhar para manter a pandemia controlada, recuperar e relançar a economia e a vida social. Sabemos muito bem que muitas pessoas estão a passar mal. Apesar das condições difíceis que o país atravessa em termos de finanças publicas de contração económica , garanto que vamos reforçar ainda mais o Rendimento Social de Inclusão dirigido às famílias em pobreza extrema, reforçar os cuidados a idosos, crianças e pessoas com deficiência”, garantiu.
Autárquicas
Sobre os resultados das autárquicas de 25 de Outubro, Ulisses Correia e Silva voltou a sublinhar que o MpD foi o partido mais votado nestas eleições – 14 câmaras, contra 8 do PAICV – e não escondeu a “surpresa” pela derrota na Câmara Municipal da Praia.
“Fomos o partido mais votado em número de votos e de eleitos. Lá estivemos unidos, estivemos muito forte, vencemos muito bem. Lá onde egos pessoais se sobrepuseram à missão de serviço ao MpD, tivemos problemas. Esta é uma lição que temos que tirar”, avaliou.
“Estivemos em algumas situações com resultados surpreendentes, é o caso da Praia. Surpreendente porque o trabalho que o Óscar fez, nos últimos 4 anos, transformou a capital. Ninguém esperava esta derrota, e nem o PAICV esperava vencer”, concluiu.