“Não defendemos o estado de emergência”- Ulisses Correia e Silva

PorSheilla Ribeiro,20 abr 2021 12:57

O Primeiro-ministro garantiu que o governo não defende o estado de emergência porque pressupõe um conjunto de consequências económicas e sociais. Entretanto, afirmou que é importante continuar a agir na prevenção e que, por isso, o ministro da Administração Interna vai coordenar acções de fiscalização e passar directrizes à Polícia Nacional, IGAE, Protecção Civil e Direcção Nacional da Saúde, essencialmente no sentido de assegurar o uso de máscaras.

Ulisses Correia e Silva falava hoje à imprensa depois de ter reunido o Gabinete de Crise.

“O estado de emergência, não defendemos porque o estado de emergência pressupõe um conjunto de consequências económicas e sociais. Pressupõe encerramento de serviços, encerramento de empresas, criação de condições que vão dificultar ainda mais as pessoas. Portanto, é utilizar os instrumentos que temos, que é boa comunicação, informação, fiscalização e  controlarmos o nível de transmissão que é preciso reduzir. Essa é a consciência, tem de ser colectiva, não há políticos versus cidadãos em guerra por causa da COVID-19. Isto é uma responsabilidade de todos, de cada um, para podermos vencer esta batalha”, assegurou.

Conforme anunciou, o governo vai organizar, amanhã, uma reunião que será coordenada pelo ministro da Administração Interna sobre as acções de fiscalização, para concertar e passar directrizes a Polícia Nacional, IGAE, Protecção Civil e Direcção Nacional da Saúde essencialmente no sentido de assegurar o uso de máscaras.

Segundo justificou o Chefe do Governo, tem-se verificado “um certo relaxamento” relativamente ao uso de máscaras nos serviços públicos e privados de atendimento. Assim, o governo vai proceder fazendo uma acção proactiva, pedagógica, mas também com alguma determinação, para que se possa fazer novamente o uso de máscaras e evitar muitas aglomerações.

“Mais uma vez repetimos sempre aquilo que tem sido dito, que é importante continuar a proteger. Nós estamos na linha de conseguirmos aumentar a vacinação. Grande parte dos profissionais já foram vacinados, começamos com os idosos, estamos a fazer um grande esforço para termos mais estoques de vacinas, que é um instrumento mais poderoso e mais eficaz de combate a COVID-19. Até lá, é importante continuar a fazer esta acção de prevenção”, apelou.

O governo vai ainda reforçar a comunicação nas rádios, televisões e nas comunidades para que as pessoas possam prestar mais atenção à necessidade de protecção.

“Em terceiro lugar esperar que haja uma resposta positiva dos cidadãos, sei que as pessoas também têm esta preocupação, para juntos podermos continuar a dar um combate”, referiu.

Questionado sobre a campanha eleitoral e o aumento de número de casos, Ulisses Correia e Silva defendeu que a mesma pressupõe funcionar e deixar funcionar a democracia.

“É claro que em campanha eleitoral é difícil conter, evitar aglomerações, mas temos a responsabilidade de governar o país não podemos ficar condicionados aquilo que aconteceu na campanha eleitoral. A responsabilidade primeira é com a saúde, com a vida. Por isso, faz todo o sentido que se reforce a mensagem sobre a necessidade de protecção, porque estamos a proteger a vida das pessoas, de cada um de nós”, frisou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,20 abr 2021 12:57

Editado porSara Almeida  em  26 jan 2022 23:20

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