Numa publicação na sua página na rede social Facebook, o Presidente da República, José Maria Neves, diz-se “muito preocupado” com o que se passa na Ucrânia.
Para o chefe de Estado, a guerra terá consequências incalculáveis para a Humanidade.
“O mundo, altamente devastado pela pandemia da COVID 19, ainda arcará doravante com os custos económicos e sociais, difíceis de medir, mas com certeza catastróficos, de uma guerra sem sentido”, reafirma.
“Cabo Verde tem defendido sempre, em todas as circunstâncias, o respeito pelo Direito Internacional, o diálogo, a paz e a solução negociada dos conflitos”, realça.
José Maria Neves apela a que se dê chance à liberdade e à paz.
Também o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, condena a invasão russa à Ucrânia. Na sua intervenção inicial no debate parlamentar sobre “o papel do Estado na mitigação da crise económica e social, e o seu impacto na vida das famílias e empresas”, o chefe do Governo apelou à procura de soluções por via diplomática.
“Esta crise internacional perante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia coloca em elevado risco a paz e a segurança globais – acto que Cabo Verde condena, apelando à procura de soluções por via diplomática e de diálogo. Tratam-se de riscos e incertezas que podem descambar em crises económicas”, alertou.
A invasão russa à Ucrânia já provocou, segundo um assessor do gabinete presidencial da Ucrânia, a morte a mais de 40 soldados ucranianos, dezenas de militares terão ficado feridos. Segundo um balanço feito por volta das 8h30, pelo menos oito civis morreram e mais de uma dezena estão feridos, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko. O ataque começou esta madrugada e o presidente da Ucrânia já ordenou às tropas de Kiev para infligirem o maior número de baixas às forças russas que invadiram o país. Informação avançada pelo comandante das Forças Armadas ucranianas, através de uma mensagem difundida na rede social Facebook.
O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.