Em conferência de imprensa, o líder regional do PAICV, Adilson Graça, alertou para situações recorrentes durante a época das chuvas, sem que haja projectos ou infra-estruturas que possam colmatar os problemas.
“Por todos os bairros tivemos esgotos a céu aberto durante dias a fio. Em muitos bairros da urbe do Mindelo continuamos a ter lamas acumuladas que para além de afectarem de forma gravosa a circulação de pessoas e veículos, também, depois de secas, têm estado a afectar a saúde pública por causa do pó de terra no ar”, aponta.
“A CMSV tem sido inoperante no que concerne a resolução dos problemas de São Vicente, e hoje é uma verdade dizer que ao longo destes 12 anos de liderança do Sr. Augusto Neves, a Câmara Municipal de São Vicente tem sido o principal entrave ao desenvolvimento da ilha”, entende.
Adilson Graça diz que apesar de a situação ser recorrente em todas as épocas chuvosas, não vislumbra nenhuma acção, projectos ou infra-estruturas que possam colmatar o problema.
O partido lembra que São Vicente não tem um Plano Director Municipal que possa, por exemplo, assegurar um desenvolvimento urbano sustentável, definir as zonas de expansão urbana, de desenvolvimento turístico, rurais e industriais, preservar o meio ambiente, garantir que os planos urbanísticos detalhados façam a correcção territorial, promover a qualidade de vida e o bem-estar geral para a população.
“Em vez disso, continuamos a ter intervenções desacertadas ou mesmo falhadas no que respeita a construção e expansão urbana. Prova disso é a situação que aconteceu em Chã de Alecrim, onde tivemos vidas humanas e casas em perigo por causa da teimosia da CMSV em mandar construir no leito da ribeira e em zona de escoamento de águas das chuvas. Contudo, parece que a CMSV não aprendeu com essa má decisão, pois tivemos informações, que ainda não conseguimos confirmar, de que estará a pensar uma ideia de projecto que visa o loteamento de parte dos campos da Ribeira Bote e Lombo Tanque, que todos os anos enchem de águas das chuvas”, diz.
O líder regional do PAICV volta a acusar o edil Augusto Neves de não querer resolver “o problema do bloqueio na governabilidade da Câmara”.