Esta garantia foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, em conferência de imprensa, na manhã de hoje, para o balanço da participação de Cabo Verde na 49ª sessão ordinária do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO, que aconteceu em 30 de Novembro em Abuja (Nigéria).
Na reunião, em que foi analisado o relatório da 37ª reunião a nível de embaixadores, bem como uma série de memorandos aprovados por representantes dos Estados membros acreditados juntos da CEDEAO, fez-se também presente o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha ,que assumiu a instalação do Centro Nacional de Alerta Precoce por parte de Cabo Verde.
“Neste encontro, para além das questões que tem a ver com a paz e segurança, questões fulcrais para nossa sub-região, lembrando que três dos países estão em situação de Golpe de Estado, analisamos o andamento da criação e instalação de centros nacionais de alerta precoce dando, também, foco à situação humanitária a nível a sub-região devido à segurança”, disse Rui Figueiredo.
Ainda de acordo com o governante, a questão mereceu análise por parte dos participantes visto constatar-se um crescimento de terrorismo na sub-região que tende a alargar-se a países costeiros.
Neste âmbito, afirmou que o conselho concluiu pela necessidade da CEDEAO revisitar a arquitectura de segurança de modo a apetrechar-se melhor para fazer face ao fenómeno.
“Entendeu-se que é chagada a hora dos estados membros assumirem a sua responsabilidade na melhoria da coordenação política e operacional das diferentes incitavas regionais de combate ao terrorismo e na mobilização de recursos adicionais para financiar o combate ao terrorismo”, ressaltou.
Informou ainda que na sequência da reunião já havia instruções dos Chefes dos Estados para os Chefes do Estado Maior no sentido de se estudar opções e meios para criação de uma força da CEDEAO para combater o terrorismo.
O Centro Nacional de Alerta Precoce, segundo disse, visa dar aviso aos Estados membros sobre algumas manobras, pelo que o compromisso de Cabo Verde é que o centro esteja em ligação com várias outras valências que tem que ver com a segurança humana.
Para dar corpo ao compromisso, sublinhou que uma equipa de Cabo Verde vai na próxima semana, 11 e 12, a uma missão a dois países de CEDEAO, Níger e Serra Leoa, onde os centros já estão montados, para colher subsídios.
Na questão da segurança e paz, Rui Figueiredo Soares defendeu que o país está a reforçar a sua participação na CEDEAO partilhando a sua experiência de boa governança e de segurança.
“Estas questões têm a ver com o próprio desenvolvimento social dos países, algo que Cabo Verde está a fazer para combater factores como pobreza e desemprego que levam à insegurança e a instabilidade dos regimes”, indicou.
A missão cabo-verdiana a Abuja participou ainda na 89ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros da CEDEAO onde os pontos de agenda foram vários, já que uma das incumbências do conselho é preparar a Cimeira de Estado e do Governo.
Para preparar a sexagésima segunda (62ª) Cimeira da CEDEAO, salientou, o Conselho analisou vários relatórios apresentados pelos diferentes serviços, aprovou o orçamento para 2023 com um aumento de 9% em relação ao ano 2022, e deu posse a vice-presidente da CEDEAO e os comissários, com uma arquitectura diferente e número mais reduzido de pessoas, assim como o auditor-geral e o director-geral da organização oeste africana de saúde.