O empossado Director Nacional de Política Externa (DNAPEIR) Carlos Semedo, em representação dos demais, sublinhou as incertezas no sistema internacional, que exigem ajustes no sistema da política externa cabo-verdiana.
“O aumento das incertezas e da polarização no sistema internacional exige ajustes no sistema da nossa política externa, mais adequada à realidade contemporânea e atenta às constantes mudanças da ordem internacional. Em matéria de princípios e prioridades, devemos velar pela preservação do multilateralismo, pelos princípios de paz, de democracia, de estado de direito, de solidariedade e de defesa que são valores universais que devem orientar as relações internacionais e presidir a governação de Estados”, afirma.
A cerimónia foi presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional.
Rui Figueiredo Soares diz que o Governo entendeu ser necessário fazer um reajuste na Lei Orgânica do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, e a Direcção Nacional de Política Externa (DNAPEIR) viu-se reforçada, passando a ser designada Direcção Nacional da Política Externa e Integração Regional. A Direcção de Estudos de Política Externa, por seu turno, cede lugar ao Instituto Diplomático de Cabo Verde, há muito projectado e que agora se cria.
“O Instituto Diplomático terá um papel relevante na formação e no aperfeiçoamento das competências dos diplomatas, que, no exercício das suas funções e na qualidade de representantes e servidores do Estado devem estar à altura, em termos de competências técnicas, para trabalhar as grandes problemáticas e os desafios que se impõem à política externa nacional, assim como domínios avançados em técnicas de negociações internacionais”, aponta.
O Chefe da diplomacia cabo-verdiana afirma que o Instituto Diplomático, além da sua componente formativa, terá papel fundamental na reflexão e análise de temas que são fundamentais para a Política Externa Cabo-verdiana.