A nota, publicada está quarta feira à tarde no Facebook do MNECIR, refere que no momento do golpe de Estado, no Níger, protagonizado por membros da Guarda Presidencial, encontravam-se, em Niamey, oito cidadãos cabo-verdianos, que participavam na 11.ª Reunião dos pontos focais, dos 15 Estados membros da CEDEAO, que também assinalava o 13.º aniversário do Centro de Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO (ECREEE).
Assim, lê-se, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional (MNECIR), imediatamente reuniu os parceiros, para uma solução urgente.
“O MNECIR contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que por sua vez contactou o governo Francês, que deu instruções ao seu Embaixador em Niamey para colocar os cabo-verdianos na lista dos evacuados, junto dos seus cidadãos e os de outros países da Europa”, escreveu o Governo.
Os oito cabo-verdianos deixaram esta quarta-feira, 02, o Níger e devem chegar a Paris esta noite, onde serão recebidos pela representação de Cabo Verde em França, que já preparou toda a logística.
“A nossa Embaixada em França está neste momento a trabalhar, em coordenação com os serviços centrais, para que os oito cidadãos possam regressar a Cabo Verde amanhã, no voo da TACV. Por fim, o MNECIR agradece a ação dos seus departamentos centrais e externos e dos representantes da França, de Portugal e da União Europeia em Abuja e Niamey”, finalizou.
Em 26 de Julho, um grupo de militares derrubaram o Presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum.
O golpe foi condenado pela comunidade internacional e pela CEDEAO, que enviou uma delegação para negociar com os golpistas.
Esta quarta-feira, 02, o Presidente da República, José Maria Neves, manifestou-se sobre a crise no Níger, condenando veementemente a ruptura constitucional no país e enfatizou a necessidade de criar as condições político-institucionais para garantir a integridade física do Presidente, sua família e os membros do Governo nigerino, bem como a reposição da normalidade institucional.
Por sua vez, o Governo, reconheceu que a Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi mais longe ao afirmar que “poderá usar de meios militares”, caso os golpistas não reponham a ordem constitucional no Níger e reiterou que Cabo Verde está ao lado da organização na aplicação de “todas as medidas que se mostrarem necessárias”.