A ministra dos Assuntos Parlamentares e ministra da Defesa, Janine Lélis, reagiu à declaração política do maior partido da oposição sobre a tragédia da Serra Malagueta, que ceifou nove vidas humanas e queimou vários hectares de terreno.
A governante parafraseou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas em como se vai fazer um “rigoroso inquérito” para se apurar e compreender as causas do acidente.
Daí, considerou que “qualquer precipitação” no sentido de rotular o inquérito como politico, põe em causa a “necessária tranquilidade e serenidade” que a Nação e as famílias querem para ter o exacto contexto da tragédia.
A governante negou, que tenha havido terceirização de responsabilidades, conforme acusações do PAICV, e muito menos, continuou, demissão dos governantes em relação aos seus papéis, e, sequer, “silêncio algum” do executivo em relação a este facto.
“O inquérito está a ser feito, é preciso acreditar que as Forças Armadas, enquanto organização apolítica, não poderiam nunca fazer o inquérito político. Nós estamos a oferecer esta garantia que o inquérito será rigoroso e que obviamente, a perícia externa, toda ela será feita e realizada para que se tenha em devido alcance tudo quanto se mostre necessário”, realçou.
Janine Lélis reafirmou o sentimento de “profunda consternação e dor” pelo trágico acidente da Serra Malagueta, que “ceifou vidas muito valoradas pelas famílias e por toda a Nação”, e formulou votos de boa recuperação aos internados para que possam retornar às suas vidas.
“Aconteceu um trágico acidente. Cabo Verde tem a agradecer às Forças Armadas. São eles que garantem a defesa. São eles que nos acodem e nos respondem quando a gente precisa (…) São os principais agentes da Proteção Civil”, frisou.
Também presente no parlamento, o ministro da Agricultura, Gilberto Silva, condenou “a clara tentativa do PAICV, da deputada Carla Carvalho e do sistema PAICV” em fazer “aproveitamento político da situação”, considerando ser falso que tenha havido “descaso” do Governo.