MpD e PAICV com posições contrastantes sobre resposta do país às alterações climáticas

PorSheilla Ribeiro,13 dez 2023 14:05

O PAICV criticou hoje o governo, apontando falhas na transição energética, conservação da natureza e mobilização de água e defendeu a necessidade de transparência e eficiência na gestão financeira. Já o MpD, defendeu a actuação do governo, destacando avanços no sector energético e metas ambiciosas.

 Armindo Freitas ressaltou a vulnerabilidade de Cabo Verde a mudanças climáticas e questionou as ações adoptadas pelo Governo de Ulisses Correia e Silva.

Também elogiou as iniciativas do PAICV no passado, como o Programa de Ação Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas e a Contribuição Nacional Determinada (NDC) apresentada em 2015.

O deputado do PAICV enfatizou a importância da transparência e eficiência na gestão dos recursos financeiros, especialmente aqueles provenientes de acordos internacionais, como o acordo de conversão da Dívida em Financiamento Climático com Portugal.

Concluiu o seu discurso criticando o governo actual por falhas nas áreas de transição energética, conservação da natureza, mobilização de água e a falta de estratégias para lidar com os riscos das mudanças climáticas.

“Sr. Primeiro-Ministro, o sr. falhou em todas essas dimensões. É tempo de agir, de forma visionária e estratégica, inovadora, estruturante e corajosa. Sr Primeiro-Ministro, podemos não mudar a direção do vento, mas podemos adaptar as velas e chegar ao destino”, discursou.

Por sua vez, o deputado do MpD, Euclides Silva, defendeu a actuação do governo na abordagem das alterações climáticas, reconhecendo os desafios enfrentados por Cabo Verde, classificando o país como o 11.º mais vulnerável a desastres naturais no mundo.

O deputado apresentou avanços no sector energético desde 2016, como a migração para combustíveis mais económicos, introdução de contadores inteligentes e a criação do Sistema Nacional de Etiquetagem e Requisitos dos Equipamentos Elétricos.

Ainda salientou algumas das metas do governo, como atingir 30% de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis até 2025 e quase 100% em 2040.

“ Sabemos que ainda há muito por fazer. As alterações climáticas são um desafio complexo que exigem ação contínua e coordenada. Cabo Verde está comprometido em intensificar os seus esforços, desenvolver políticas mais robustas e investir em tecnologias inovadoras para enfrentar os desafios que se apresentam”, disse.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,13 dez 2023 14:05

Editado porAndre Amaral  em  30 abr 2024 23:28

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