Armindo Freitas ressaltou a vulnerabilidade de Cabo Verde a mudanças climáticas e questionou as ações adoptadas pelo Governo de Ulisses Correia e Silva.
Também elogiou as iniciativas do PAICV no passado, como o Programa de Ação Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas e a Contribuição Nacional Determinada (NDC) apresentada em 2015.
O deputado do PAICV enfatizou a importância da transparência e eficiência na gestão dos recursos financeiros, especialmente aqueles provenientes de acordos internacionais, como o acordo de conversão da Dívida em Financiamento Climático com Portugal.
Concluiu o seu discurso criticando o governo actual por falhas nas áreas de transição energética, conservação da natureza, mobilização de água e a falta de estratégias para lidar com os riscos das mudanças climáticas.
“Sr. Primeiro-Ministro, o sr. falhou em todas essas dimensões. É tempo de agir, de forma visionária e estratégica, inovadora, estruturante e corajosa. Sr Primeiro-Ministro, podemos não mudar a direção do vento, mas podemos adaptar as velas e chegar ao destino”, discursou.
Por sua vez, o deputado do MpD, Euclides Silva, defendeu a actuação do governo na abordagem das alterações climáticas, reconhecendo os desafios enfrentados por Cabo Verde, classificando o país como o 11.º mais vulnerável a desastres naturais no mundo.
O deputado apresentou avanços no sector energético desde 2016, como a migração para combustíveis mais económicos, introdução de contadores inteligentes e a criação do Sistema Nacional de Etiquetagem e Requisitos dos Equipamentos Elétricos.
Ainda salientou algumas das metas do governo, como atingir 30% de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis até 2025 e quase 100% em 2040.
“ Sabemos que ainda há muito por fazer. As alterações climáticas são um desafio complexo que exigem ação contínua e coordenada. Cabo Verde está comprometido em intensificar os seus esforços, desenvolver políticas mais robustas e investir em tecnologias inovadoras para enfrentar os desafios que se apresentam”, disse.