O autarca reage ao chumbo do orçamento municipal para 2024, acusando a oposição de actuar de forma “perversa”.
“Os dois partidos da oposição, a UCID e o PAICV, têm feito tudo para, de forma perversa, dificultar o normal funcionamento e desenvolvimento desta ilha. Estamos a trabalhar no plano de actividades e orçamento desde Maio de 2023 e tenho todas as convocatórias feitas, solicitando subsídio aos partidos há meses. Não entregaram nada, não participaram, muitos não compareceram na apresentação e discussão do documento e só aparecem no momento da votação para votar contra”, afirma.
O edil mindelense critica também a conduta da Assembleia Municipal que, segundo diz, há três anos não funciona. Augusto Neves afirma que a Câmara Municipal e o seu presidente têm sido “vítimas de uma violenta perseguição” dos partidos na oposição.
“Uma assembleia que durante esses três anos não funcionou, os grupos não funcionam, não apresentam relatórios e só aparecem às votações por imposição dos dois partidos, para votar contra as propostas da Câmara Municipal. O presidente e a Câmara Municipal têm sido vítimas, desde o início do mandato, de uma violenta perseguição da UCID e do PAICV, tentando tudo fazer para derrubar esta câmara. A UCID e o seu líder querem a todo o custo chegar ao poder em São Vicente”, denuncia.
Para o edil sanvicentino, os partidos na oposição têm colocado interesses políticos acima dos interesses da ilha. Questionado sobre o facto de o município continuar em regime de duodécimos em 2024, Neves garante que irá terminar o mandato “com sucesso”.
“Esse foi um mandato diferente, um mandato onde não houve a colaboração dos outros partidos. Conseguimos trazer o mandato até agora e, de certeza, que terminaremos o mandato com sucesso. Os dados estatísticos mostram isso (...) De certeza que os nossos parceiros, os empresários e o governo estarão junto da Câmara Municipal para juntos terminarmos o mandato com êxito”, assegura.
Sobre o entendimento anunciado anteriormente, entre MpD e UCID, para ultrapassar o impasse na gestão da autarquia, Augusto Neves diz que este permitiu trabalhar com alguma tranquilidade na Câmara Municipal e que os eleitos municipais “romperam o acordo”.
Esta segunda-feira, as bancadas da UCID e do PAICV na assembleia de São Vicente chumbaram o plano de actividades e orçamento de 2024. A oposição justifica o chumbo com “dados controversos” e “discrepâncias”.
Pelo segundo ano consecutivo, o município vai funcionar em regime de duodécimos em 2024.