A antevisão foi feita pelo chefe do Governo, no Dubai.
“Nomeadamente a redução do aquecimento global para não ultrapassar 1,5 graus centígrados, a questão do financiamento climático, garantir que as promessas sejam efetivadas, em particular preocupação com os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, do grupo dos quais a Cabo Verde pertence, no sentido de garantir que o índice de vulnerabilidade multidimensional seja um facto, para poder diferenciar esses pequenos Estados relativamente à sua exposição aos fatores de choque externo, nomeadamente climático e ambiental”, aponta.
A intervenção de Correia e Silva vai ser feita num dia dedicado aos discursos dos chefes de Estado e de Governo presentes na Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas. O governante diz que os impactos das alterações climáticas são gravosos para a humanidade, mas defende que a acção imediata faz toda a diferença. O Primeiro-ministro entende que tem faltado vontade política para se alcançar as metas do Acordo de Paris.
“É preciso vontade política, é preciso determinação, é preciso compromisso e tem que ser a nível global, porque particularmente os países que mais poluem, os países que mais produzem os efeitos sobre as alterações climáticas, nomeadamente a emissão de gases de efeito estufa, são aqueles que devem estar na primeira linha de fazer com que haja uma reversão da situação que o mundo vive. Portanto, é um compromisso e é algo que impacta todos os países do mundo”, defende.
A COP28 reúne governos, jovens, empresas, investidores, sociedade civil, entre outros, no sentido de encontrar soluções específicas que devem ser incrementadas nesta década para limitar o aquecimento global, criar resiliência e mobilizar financiamento em grande escala. Ulisses Correia e Silva espera resultados concretos.
“A expectativa é que não seja mais uma COP, seja uma COP que possa marcar diferença, que possa firmar compromissos firmes, passa a redundância, que possa mostrar ação. Ação nos diversos domínios, ação relativamente à intervenção dos países para reverter a situação do aquecimento global, ação no sentido de garantir que o financiamento acordado seja de facto efetivado e ação no sentido de fazer com que todos juntos possamos trabalhar para um mundo melhor, particularmente para as próximas gerações”, ambiciona.
A 28ª Cimeira do clima das Nações Unidas termina no dia 12 de Dezembro.
A Rádio Morabeza está no Dubai a convite da CFI - agence française de développement médias.