​PM quer definição clara e urgente do mecanismo de financiamento para perdas e danos

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,2 dez 2023 11:23

O Primeiro-ministro reitera que Cabo Verde, enquanto SIDS, localizado na região árida do Sahel e com ecossistemas muito frágeis, é dos países mais expostos aos riscos e consequências dos eventos climáticos extremos. Ulisses Correia e Silva defende a efectivação urgente do mecanismo de perdas e danos, na sua intervenção oficial na COP28, que decorre no Dubai.

No seu discurso, em que saudou o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, COP28, o chefe do Governo falou da “firme convicção de Cabo Verde de que ainda é possível impedir que o planeta aqueça mais do que 1.5 graus celsius até o final deste século”.

“O que tem que ser feito, tem muita força! É obrigação política de todos os países, de todas as lideranças, colocar na primeira prioridade, a materialização conjunta das soluções e compromissos acordados. O tempo é o factor crítico! A natureza vai seguindo o seu curso reagindo às condições que o ser humano vai criando, por acção e por omissão”, enfatiza.

“Como SIDS, encorajamos a definição clara e urgente do mecanismo de financiamento para perdas e danos. Reafirmamos a necessidade urgente de se adoptar o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional nos critérios de financiamento climático para os SIDS”, defende.

Correia e Silva afirma que a agenda climática enquadra-se nas prioridades de Cabo Verde, nomeadamente no que diz respeito à redução da dependência de combustíveis fósseis e o aumento da eficiência energética.

“É um imperativo de natureza económica, ambiental, climática e social”, diz.

“Tem impacto na balança de pagamentos, na redução de riscos económicos e financeiros face a choques externos, na redução da emissão de carbono e na redução da factura energética das empresas e das famílias”, aponta.

O Primeiro-ministro está convicto de que o arquipélago consiga atingir os objectivos e as metas da acção climática, através da definição e implementação de estratégias e políticas integradas de longo prazo, do quadro jurídico e institucional robusto de governança climática, mecanismos de financiamento e de transparência climática que envolvam o sector público, o sector privado e as parcerias para o desenvolvimento, assim como a melhoria da literacia climática e implicação das comunidades locais.

A intervenção de Correia e Silva foi feita num dia dedicado aos discursos dos chefes de Estado e de Governo presentes na Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas.

A Rádio Morabeza está no Dubai a convite da CFI - agence française de développement médias.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,2 dez 2023 11:23

Editado porDulcina Mendes  em  3 mai 2024 23:28

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