O plano, a 10 anos, implica um investimento de cerca de 500 milhões de euros. O acto foi presidido pelo ministro do Mar, Abraão Vicente.
“Com esta apresentação nós basicamente criamos uma visão para o futuro daquilo que é a economia marítima, daquilo que é a economia azul, daquilo que é a nossa capacidade de criar empregos nesse sector. O que irá levar, mais uma vez, a um juntar de esforços e uma necessidade de, em primeiro lugar, o Ministério do Mar e todas as instituições alinharem a sua visão institucional com aquilo que é o conjunto da visão do país”, explica.
No essencial, o executivo junta num único documento estratégico tudo aquilo que é a planificação do país para os próximos 10 anos. O plano contém 10 áreas prioritárias, 23 objectivos estratégicos e 46 acções a serem desenvolvidas numa década, configurando uma certa previsibilidade na procura e mobilização de financiamento.
Abraão Vicente explica que a ideia é que a Estratégia Nacional para o mar e o seu respectivo Plano de Acção 2023/2033 ultrapasse os ciclos políticos.
“Este documento terá que ser aprovado no Conselho de Ministros. Esta é uma fase de socialização e tencionamos levá-lo a todos os órgãos de soberania, no sentido de recolher os subsídios e termos um documento que seja, de certa forma, consensual, seja visionária, seja ambiciosa e consiga congregar tudo aquilo que são as vontades nacionais e os inputs que podemos receber. Nós não queremos que seja um documento apenas encostado a este Governo e ao partido que sustenta, mas um documento que seja mobilizador de uma vontade nacional de transformar o setor do mar como um recurso estratégico importante para o país”, aponta.
O Director Nacional de Política do Mar, Anísio Évora, refere que o documento aponta um caminho de longo prazo.
“Assumimos aqui plenamente o papel do conhecimento científico e o novo paradigma de saúde do oceano como pilares essenciais do desenvolvimento económico e social sustentável, baseado no mar e todas as atividades económicas relacionadas. Portanto, está-se a criar as condições necessárias para o crescimento da economia do mar e a melhoria ambiental e social”, diz.
A Estratégia Nacional para o Mar e o seu Plano de Ação foram elaborados pela consultora internacional Mundi Consulting.