“Havia um conjunto de projectos associados à Zona Económica Especial, nomeadamente a zona de Saragarça, o Porto, a questão do bunkering, etc, entretanto, até à data, o único investimento feito é a nível do funcionamento. Nós acreditamos que a ZEEM tem um grande potencial de desenvolvimento, desde que seja dotada das condições financeiras necessárias para o seu funcionamento, coisa que ainda não aconteceu”, afirma.
“O Governo não tem dado a devida atenção ZEEM, esta funciona apenas com um orçamento onde 80% do subsídio do Estado é gasto com pessoal”, acrescenta.
A lei que cria a ZEEM foi promulgada em Julho de 2020. A ZEEM resulta de uma “parceria estratégica” entre Cabo Verde e a República da China, que apoiou a elaboração do estudo de viabilidade e do macroplaneamento, tem execução prevista de 15 anos, num investimento estimado em cerca de 2 mil milhões de dólares.
Os democratas-cristãos pedem a redefinição da visão da economia azul, com foco nos sectores estratégicos.
“Nós propomos repensar-se a visão daquilo que é a Economia Azul, como já havíamos dito, que a Universidade assuma a liderança do sector e comece a formar pessoas para as áreas necessárias. Identificar as necessidades, formar as pessoas. É verdade que nós temos um conjunto de instituições que à partida foram criadas e que, como referi, estão a funcionar apenas com um orçamento de funcionamento. Nós acreditamos que essas instituições são necessárias, mas é preciso haver financiamento. Portanto, é isso que nós iremos defender”, sugere.
A UCID entende ser preciso ir além dos discursos para colocar a Economia Azul no centro do desenvolvimento do país, com impacto directo na economia.