João Santos Luís, presidente da UCID, que falava à Rádio Morabeza, na sede do partido, em São Vicente, reconhece o atraso na resolução das pendências da classe e pede diálogo e razoabilidade.
“Nós estamos a pedir ponderação entre todas as partes, para que possam chegar a uma solução adequada e resolver os problemas dos professores a nível nacional (…) E, de facto, é uma classe que deve ter o lugar que merece, alguma dignidade no exercício da sua função. Nós sabemos que o país dá o que consegue, o país não pode dar o que não consegue, mas esta problemática vem desde há muito tempo”, observa.
João Santos Luís aponta para a necessidade da elaboração de um plano faseado de resolução das reivindicações dos professores, com metas reais.
“Nós, a UCID, entendemos, que o governo não pode dar tudo o que os professores querem, mas de uma forma faseada, planificada, querendo o governo consegue perfeitamente satisfazer, as reivindicações dos professores e, portanto, encontrar a paz social que o país precisa com esta classe”, afirma.
De recordar que o Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) iniciou esta quarta-feira uma greve por um período indeterminado, por falta de acordo com o Ministério da Educação sobre as reivindicações ligadas ao aumento salarial. O sindicato apresentou à tutela uma proposta de aumento salarial de 78 contos base para mais de 107 mil escudos.