“O processo de transição está a funcionar muito bem, o que é prova da solidez das instituições políticas senegalesas e também é sinal de que o Estado de direito democrático funciona bem nesta república que tem tido um percurso, uma experiência muito interessante de construção da democracia”, referiu.
José Maria Neves falava numa publicação na Internet a partir de Dakar, para onde viajou na segunda-feira para assistir à posse de Bassirou Diomaye Faye.
O Presidente da República reiterou os votos de “sucesso” ao homólogo senegalês, fazendo votos para que consiga “implementar o seu programa de transformação do Senegal”, um país que “está efectivamente a transformar-se”.
“As mudanças são profundas”, disse José Maria Neves, descrevendo um “acelerado processo de modernização” na nação vizinha de Cabo Verde, que lhe permitirá dar “um grande salto nos próximos anos, transformando-se num pais moderno, competitivo, próspero e com muito mais oportunidades para todos”.
O Senegal acolhe uma das mais importantes comunidades cabo-verdianas em África.
Opositor anti-sistema, Bassirou Diomaye Faye tornou-se hoje no mais jovem Presidente do Senegal, aos 44 anos, depois da vitória alcançada no dia 24 de Março, e no quinto Presidente da história do país da África Ocidental com 18 milhões de habitantes.
A eleição foi descrita como um terramoto político, sendo esta a primeira vez, em 12 eleições presidenciais por sufrágio universal, que um candidato da oposição vence à primeira volta.
As eleições foram acompanhadas com atenção no estrangeiro, uma vez que o Senegal é considerado um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado.