PAICV denuncia abandono “alarmante e preocupante” de São Vicente

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,17 jul 2024 14:02

​O presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em São Vicente considera que o estado da ilha é de abandono alarmante e preocupante. Segundo Adilson Graça Jesus, São Vicente está a perder o protagonismo e liderança que sempre teve no desenvolvimento do país, devido a má governação local.

Denúncia feita hoje, em conferência de imprensa, na sede local do partido, pelo responsável regional.

“Quem conhece a realidade e a situação do município sabe que as necessidades de intervenções emergenciais e estruturantes são imensas. A situação exponencial do desemprego jovem, aliado a degradação social provocada pelo consumo excessivo de drogas, nas bocas de fumo conhecidas na ilha, têm sido um pesadelo para as famílias e para a sociedade, pois os dois factores estão na origem do recrudescimento da insegurança, da prostituição e da delinquência juvenil que voltaram a assolar a ilha”, refere.

O presidente da CPR do PAICV questiona sobre o paradeiro das verbas destinadas à autarquia durante o período de contingência, em Dezembro de 2022.

“Em que é que foram utilizadas as verbas recebidas no âmbito do estado de contingência, já que em muitos sítios da ilha não foi feita nenhuma intervenção. A chuva está para chegar e a situação poderá perigar-se ainda mais”, adverte.

“Há um quadro de irregularidades e de ilegalidades constatadas nos relatórios do governo e do tribunal de contas, sem que haja qualquer consequência no que respeita à necessidade da sua regularização. Não assistimos a qualquer auditoria na Câmara”, acrescenta.

O PAICV pede um esclarecimento pela não conclusão de projectos em curso há vários anos, nomeadamente o Mercado de Peixe, o polidesportivo de Chã de Alecrim, e as habitações sociais em Lazareto, Km 6, Bela Vista e Ribeirinha.

Questionado sobre o impacto da situação política da Câmara Municipal de São Vicente no desenvolvimento da ilha, Adilson Graça Jesus diz que as responsabilidades devem ser atribuídas ao edil mindelense, Augusto Neves.

“A situação que se vive na Câmara é da responsabilidade simplesmente do presidente porque ele é que é líder, quem lidera tem que saber negociar, ceder e tem que permitir a equipa dele funcione na tranquilidade, não podes assinar um memorando e não dar liberdade aos vereadores para exercerem as suas funções, aqui nem estamos a falar de questões que têm que ver com disponibilidade de verbas, estamos a falar do cumprimento daquilo que é o orçamento aprovado para cada vereador tenha a liberdade de tomar decisões sobre as suas atribuições”, afirma.

Adilson Graça Jesus considera que a Câmara Municipal de São Vicente não funciona desde 2020, devido ao impasse político existente, recordando que os partidos aguardam pela decisão do processo administrativo para perda de mandato de Augusto Neves, entregue na secretaria do Tribunal da Comarca de São Vicente, em Novembro de 2022.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,17 jul 2024 14:02

Editado porAndre Amaral  em  20 nov 2024 23:25

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