Rui Semedo teceu estas considerações durante o comício de apresentação das listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) às autárquicas de 01 de Dezembro, lideradas por António Duarte, conhecido em São Vicente por Patcha, que concorre à presidência da câmara, e Adilson Jesus, que concorre à liderança da assembleia municipal.
Segundo o presidente do PAICV, as listas do partido para São Vicente surgiram num processo de negociação a nível local, de construção e de consolidação, para terem pessoas consensuais, com capacidade, com projecção, visão e com todas as condições para liderar a ilha.
“São lideranças que acreditamos que sejam capazes de serem vencedoras, não apenas para ganhar a eleição no 01 de Dezembro, mas para fazer São Vicente ganhar e para fazer o povo ganhar também”, lançou.
Para o presidente do PAICV, a candidatura de António Duarte é a única que é uma novidade, porque as outras são “repetentes e refogadas”.
É novidade porque é a pessoa que tem todas as condições para revitalizar a ilha, introduzir um novo rigor, imprimir um novo ritmo, um novo fulgor e dar uma nova dinâmica à ilha”, afirmou, reforçando que é a candidatura que está à altura da “projecção, vocação e ambição de São Vicente”.
Para Rui Semedo a candidatura do PAICV às autárquicas de São Vicente é jovem, tem pujança, rigor, vigor e capacidade e tem uma lista abrangente, pluridisciplinar na sua formação que cobre todo o território da ilha.
“Portanto, uma lista também que aporta competência, experiência e é a que está à altura de dar essa contribuição para o desenvolvimento da ilha”, destacou.
O líder do PAICV lembrou que a candidatura do partido que está a governar o município tem reduzido a sua capacidade de trabalho em vários mandatos.
“Fez um mandato que, podemos dizer, foi mais ou menos. Fez um segundo que podemos considerar que fez menos e um terceiro mandato que podemos dizer que foi nulo”, argumentou considerando que a actual gestão camarária está “esgotada, sem fôlego, sem capacidade de criação e força para dar mais para o desenvolvimento de São Vicente”.
Mas, explicou, o PAICV, além da equipa, traz uma plataforma eleitoral com visão estratégica, objectivos e metas claras e um contrato social que será um compromisso com os eleitores. Portanto, reforçou, este é o momento de procurar um novo rumo para São Vicente.
Por sua vez, o cabeça de lista à Câmara Municipal de São Vicente, António Duarte, defendeu que é chegada a hora de se fazer a mudança que a ilha precisa, porque ela merece muito mais do que tem tido.
É que, considerou, “São Vicente neste momento está na pior fase da sua história”.
“A partir de hoje estamos a 23 dias para provocarmos a grande revolução nas eleições e resgatarmos São Vicente definitivamente e ajudarmos Cabo Verde porque a ilha sabe da sua história”, afiançou.
O candidato explicou que na sua plataforma traz um conjunto de propostas e compromissos, mas destacou que um dos mais importantes é “provocar uma grande revolução” no atendimento público na Câmara Municipal de São Vicente.
“A nossa plataforma eleitoral propõe claramente uma revolução no atendimento autárquico e nos procedimentos que os munícipes merecem nas questões muito simples de pagamento de impostos, de licenciamentos, de uma simples aquisição de um lote de terreno para cada um construir a sua humilde residência para morar”, adiantou, propondo ainda criar uma vereação que cuidará exclusivamente dos assuntos dos emigrantes.
Na mesma linha, o candidato à presidência da Assembleia Municipal de São Vicente pediu que as pessoas se aproximem da candidatura para permitir que este seja um momento “transformador e de mudança” para São Vicente.
“Todos esses 20 anos de governação deste partido na Câmara Municipal de São Vicente, dos quais 14 do líder actual, tem sido de massacre, de sofrimento, de abandono e tem sido de descaso com a população de São Vicente, principalmente, para os que mais precisam”, afirmou, acrescentando que se a candidatura do PAICV for eleita a primeira coisa que irá fazer é abrir portas da assembleia e da câmara municipal para o povo.