Este anúncio foi feito por Olavo Correia, no acto de lançamento do Programa de Segurança Sanitária para a África Ocidental e Central (HeSP), que aconteceu no início desta tarde, no hotel Praia Mar, na Cidade da Praia.
Este montante vai servir, conforme avançou, para investir no quadro do programa que o Ministério da Saúde tem estado a desenhar e desenvolver, que abrange as infra-estruturas, os meios de diagnóstico, a qualificação dos recursos humanos e o sistema de gestão neste sector.
O governante aproveitou a ocasião para agradecer o Banco Mundial pelo apoio que tem prestado a Cabo Verde e aos países da África Ocidental e Central, considerando que é “importante” para melhorar o sistema de saúde no continente.
A nível deste programa chamou a atenção de todos os governantes e dirigentes que têm que colocar como “prioridade”, nos seus actos, as pessoas, assinalando que isto significa colocar a saúde e a saúde pública no centro das atenções, preocupações e políticas públicas.
Por seu turno, a representante do Banco Mundial para Cabo Verde, Indira Campos, disse que é preciso garantir que mesmo em tempos de crises os serviços de saúde continuem a funcionar e atender as necessidades da população.
Com isso, renovou o compromisso do Banco Mundial com a saúde pública e com o bem estar da comunidade africana, considerando que juntos pode-se construir sistemas de saúde “mais fortes, resilientes e equitativo”.
Felicitou os países da África Ocidental e Central pelo lançamento deste programa, que, segundo afiançou, é “ambicioso e necessário” que visa dar respostas sobretudo, às actuais ameaças para a saúde pública.
Indira Campos reiterou mais uma vez o compromisso deste banco em continuar a ampliar o investimento na segurança sanitária que, conforme assegurou, constitui a “primeira linha” de protecção no sistema de saúde.
Por seu lado, a ministra da saúde, Filomena Gonçalves, sublinhou que o programa HeSP é “fundamental” para fortalecer o sistema de saúde na prevenção, que, segundo considerou, é o “caminho” para a segurança sanitária, para a sustentabilidade na detecção precoce e na resposta às emergências sanitárias.
Filomena Gonçalves disse ainda que todos estão comprometidos com o “sucesso” deste programa, trabalhando em estreita colaboração com todos os parceiros para garantir uma implementação eficaz.
De realçar que em Dezembro de 2023, o conselho de administração do Banco Mundial aprovou um financiamento total de 500 milhões de dólares para o Programa de Segurança Sanitária (PSSA) na África Ocidental e Central.
A primeira fase, com um investimento de 178 milhões de dólares, abrange três países, nomeadamente, Cabo Verde, Guiné e Libéria, e inclui também apoio técnico e financeiro à Organização Oeste-Africana da Saúde (OOAS) e à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O Banco Mundial tem estado, durante décadas, na linha da frente do apoio aos países na resposta a surtos de doenças infecciosas, com especial foco no continente africano.
Nos últimos dez anos, países da África Ocidental e Central têm estabelecido parcerias com o Banco Mundial para fortalecer as suas capacidades de prevenção, detecção e resposta a emergências de saúde pública.
Após o surto de Ébola na África Ocidental, o mesmo lançou o Programa de Reforço dos Sistemas Regionais de Vigilância das Doenças (REDISSE), investindo cerca de 700 milhões de dólares em 16 países da região, com o objectivo de financiar a vigilância das doenças infecciosas e a resposta a crises de saúde humana e animal.