Nuias Silva, que falava num encontro com os militantes do PAICV na cidade do Porto Novo, entende que as eleições do próximo presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, em Março, vão ditar a vitória deste partido nas eleições legislativas de 2026.
“Por isso, o PAICV precisa de um presidente que seja capaz, em oito meses, de unir o partido e mobilizar Cabo Verde “, sublinhou o candidato, explicando que a sua candidatura tem como motivação continuar o processo de união do partido com vista ao empate eleitoral do próximo ano.
A sua candidatura, explicou Nuias Silva, não é individual, nem pessoal e nem tão-pouco motivada pelo “impulso de ser presidente do PAICV”, mas sim uma candidatura que consubstancia “em diálogo com camaradas de várias gerações”.
“A minha candidatura é colectiva e envolve muitas pessoas com o objectivo fundamental de unir o partido para ganhar em 2026 e mudar o rumo do país”, notou este candidato, que esteve em contactos com as estruturas e militantes do PAICV em Santo Antão.
Nuias Silva prometeu regressar em Fevereiro a Santo Antão para apresentar a sua “agenda de desenvolvimento de Cabo Verde”, que coloca sectores como o mar, os transportes, o turismo, a agricultura e a educação no centro da política nacional.
Propõe “um PAICV aberto à sociedade”, um partido com um presidente e cinco vice-presidentes (actualmente tem três vice-presidentes) e adaptado à condição arquipelágica do país, um partido sustentável, com a vertente política, mas também com um conselho de administração para gerir “de forma independente” os activos económicos de que esta força política dispõe em todas as regiões políticas.
Propõe um partido interjecional e prometeu desencadear um programa de formação para os militantes.
São quatro os pré-candidatos concorrentes à liderança do PAICV: os presidentes das câmaras da Praia, Francisco Carvalho, e de São Filipe, Nuias Silva, o deputado pela Europa, Francisco Pereira, e o empresário Jorge Spencer Lima.