“Recentemente, activistas de algumas candidaturas, retirando-as do contexto, têm publicado algumas intervenções minhas feitas há já algum tempo, para pôr-me a apoiar este ou aquele candidato a presidente do PAICV ou para, indecentemente, atacar-me”, queixou-se o chefe de Estado, acrescentando que, durante 15 anos, conduziu “com muita honra” os destinos do partido.
“Reitero que não tenho qualquer tipo de actividade partidária, não me imiscuo nos assuntos internos do PAICV ou de qualquer outro partido e, por isso mesmo, estou totalmente distante das disputas eleitorais partidárias”, indicou o Presidente, para quem “não faz sentido” qualquer publicação que o tente colar a este ou aquele candidato, como pretexto para “baixos ataques” à sua pessoa.
Segundo ele, ainda antes das eleições autárquicas de 1 de Dezembro, enquanto Presidente da República, visitou “vários municípios, de todas as cores políticas, tendo, em certas circunstâncias, elogiado o trabalho que os respectivos autarcas vinham realizando”.
“Suspendi as visitas durante as campanhas eleitorais, precisamente para não ser nelas envolvido”, sublinhou o chefe de Estado, que só agora retomou “a Presidência na Ilha”, acrescentando que foi em Santo Antão, onde reconheceu o “imenso trabalho” que as autarquias locais vêm realizando em prol do desenvolvimento local e regional.
Lembrou que desde que decidiu candidatar-se a Presidente da República, deixou a militância no PAICV, porque, frisou, “o Presidente deve ser suprapartidário, para poder desempenhar com equidistância as funções de árbitro e moderador do sistema político”.