Estas afirmações foram feitas pela deputada do MpD Elizabete Évora, em conferência de imprensa de balanço das jornadas parlamentares de preparação para a sessão plenária que inicia esta quarta-feira, 26.
O ponto alto será o debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sobre o tema: “Políticas públicas dirigida à mulher cabo-verdiana” e haverá iniciativas legislativas também a serem debatidas.
Nas suas declarações, a parlamentar sublinhou a importância do mês de Março, em especial o Dia da Mulher Cabo-verdiana, celebrado a 27 deste mês, para a reflexão sobre as conquistas e desafios que ainda permanecem.
Elizabete Évora destacou avanços nas políticas públicas voltadas para o empoderamento da mulher cabo-verdiana, 50 anos após a independência nacional e 35 anos da democracia instituída, apesar de reconhecer que há ainda desafios.
“Apesar dos desafios, os ganhos são incomensuráveis. A título de exemplo, se em 1975 tínhamos apenas uma única mulher deputada, hoje temos 27 mulheres deputadas, correspondendo a 38,5%, caso para dizer que mudamos o ordenamento político cabo-verdiano, com a aprovação da lei da paridade”, salientou.
Segundo declarou, este Governo, suportado pelo Movimento para a Democracia sempre promoveu as políticas de protecção social e empoderamento económico dirigidas às mulheres.
A título de exemplo, apontou um conjunto de políticas implementadas, nomeadamente o Plano Nacional de Igualdade de Gênero 2021-2025, que "busca promover o empoderamento e autonomia económica das mulheres, sua participação plena na vida política, e combater a violência contra mulheres e meninas".
“Um conjunto de medidas de política foram adotadas para atingir esses objectivos. O empoderamento com vários programas, como o programa de inclusão positiva, formação, capacitação e produção, formação profissional, programas de apoio ao emprego, fomento ao empreendedorismo”, indicou, de entre outras.
Para a deputada, a mudança de mentalidade é essencial para a plena participação das mulheres na política e em outras áreas da sociedade, para quem ainda, é necessário criar condições que garantam o exercício pleno das suas funções.