PM admite que ainda há um longo caminho para a paridade nos cargos de liderança

PorSheilla Ribeiro,26 mar 2025 11:10

O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reconheceu hoje que, apesar dos avanços registados com a Lei da Paridade, aprovada em 2019, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a igualdade de género nos cargos de liderança e reconheceu a necessidade de reforçar a presença feminina na administração pública e no sector privado.

“A aprovação da Lei da Paridade em 2019 foi um marco importante e permitiu que hoje tenhamos mais mulheres no Parlamento, nas câmaras municipais, nas assembleias municipais e em órgãos sociais de empresas públicas”, discursou o chefe do Governo durante o debate “Políticas Públicas dirigidas à Mulher Cabo-verdiana”.

Apesar dos progressos registados, Ulisses Correia e Silva reconheceu a desigualdade que ainda persiste, especialmente nos cargos de direcção superior da administração pública, onde os homens continuam a ser maioria, ocupando 56% das posições.

No sector empresarial, a presença feminina em cargos de direcção é ainda menor, situando-se nos 29%, conforme disse.

“Nas sociedades empresariais públicas, 37% das mulheres ocupam cargos em conselhos de administração, portanto, abaixo da paridade, é preciso aumentar”, frisou.

O Primeiro-ministro reforçou a necessidade de avanços tanto “a nível da participação política” como no “posicionamento em alta direcção nas empresas”.

Ulisses Correia e Silva reconheceu que ainda persistem desigualdades salariais entre homens e mulheres, mas assinalou que o aumento do salário mínimo nacional tende a beneficiar particularmente as mulheres.

Como exemplo, citou a melhoria das condições das cozinheiras da FICASE, que em 2016 recebiam um salário de 8.250 escudos, agora com cobertura de segurança social assegurada pelo INPS.

No sector dos serviços de saneamento das câmaras municipais, muitas trabalhadoras poderão também beneficiar do salário mínimo nacional e da regularização de vínculos precários, desde que as autarquias cumpram a legislação em vigor, conforme disse.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Sheilla Ribeiro,26 mar 2025 11:10

Editado porSara Almeida  em  30 mar 2025 9:20

pub.

pub
pub.
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.