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As preocupações foram levantadas esta manhã, em declarações à imprensa, pela deputada Zilda Oliveira.
“É importante referirmos que o terminal de cruzeiros irá aumentar a procura na ilha de São Vicente em termos de capacidade de resposta. E fica a pergunta: estará São Vicente preparada para receber toda essa procura? Refiro-me, por exemplo, à questão do descarte de lixo, à resposta aos turistas, às casas de banho públicas. Temos, por exemplo, a Avenida Marginal com uma calçada toda esburacada, com problemas de iluminação. Temos uma série de problemas que entendemos que deveriam ter sido resolvidos antes da inauguração”, considera.
Outra questão levantada pelos democratas-cristãos tem que ver com a capacidade do comércio local para responder ao aumento do fluxo de visitantes.
“Porque o comércio local terá de criar um conjunto de respostas. Quem diz o comércio local diz as indústrias criativas, por exemplo. Teremos de ter um conjunto de respostas para entreter os turistas, e pergunta-se: já se trabalhou nesse sentido?”, questiona.
Para a UCID, existe uma grande discrepância entre o projecto inicial e o que foi efectivamente inaugurado. O partido questiona se estão previstas outras fases e por que motivo se procedeu à inauguração antes da conclusão total do projeto.
O Porto de Cruzeiros do Mindelo representou um investimento total superior a 32 milhões de euros, com financiamento do Governo, OPEC Fund e Invest International (ORIO). A infraestrutura permite a atracação simultânea de dois navios de cruzeiro de até 350 metros, com capacidade total para até 6.000 passageiros.
