O responsável partidário diz que o Governo, liderado por Ulisses Correia e Silva, está a fazer tábua rasa dos dispositivos legais.
“Assiste-se a uma roda vida dos membros do governo pelas ilhas e pela diáspora num vaivém anormal e incompatível com a situação financeira actual do País, em que até se recorre, mensalmente, ao crédito bancário para pagar salários na Administração Pública. Entra dia, sai dia, assiste-se a uma dança dos membros do governo pelas ilhas com declarações que demonstram um grande engenho para justificar essas forçadas deslocações. Não há nada para fiscalizar porque o país está parado, o governo não tem enviado recursos para as Câmaras Municipais e por isso não tem necessidade de fiscalizar absolutamente nada” avança.
Julião Varela acusa os membros do Governo de estarem a fazer deslocações, em datas coincidentes, com um dos candidatos à Presidência da República, e suportadas pelo dinheiro público.
“Estas visitas, que proliferam, têm sido realizadas com um calendário coincidente com a agenda da campanha de uma das candidaturas, deixando indícios de que os custos estejam a ser suportados pelo Governo. Tudo isso acontece depois do que já se ouve, por todos os lados, do uso indevido dos bens públicos e da manipulação do eleitorado nas últimas eleições legislativas. Não restam dúvidas para ninguém que o Governo manipulou o Cadastro Social único, instrumentalizou o subsídio da Inclusão Social e usou de forma pouco transparente o perdão das dívidas à Electra e AdS para mudar a intenção do voto em favor do MpD”, acusa.
Julião Varela diz que o PAICV espera que as entidades encarregues da gestão do processo eleitoral estejam atentas e actuem com oportunidade contra os infractores, de modo a assegurar toda a lisura e transparência e livre escolha dos cidadãos, nas próximas eleições presidenciais.