"Repare que, momentos antes houve episódios que confirmam isso exactamente, ele foi à Presidência da República como ministro dos Negócios Estrangeiros sem informar de nada. E isso foi comprovado pelo próprio Presidente da República que estranhou o facto. Mas também os senhores jornalistas sabem que momentos antes ele teria dado também a declaração reafirmando as suas posições e defendendo os nomeados, portanto, ele se calhar terá sido chamado para pedir a demissão, o que significa que terá sido forcado a pedir a demissão”. explica Rui Semedo.
Sobre a exoneração de César do Paço, cônsul honorário de Cabo Verde na Flórida, anunciada pelo Primeiro-ministro, Rui Semedo diz que há erros que não se resolvem apenas com medidas correctivas.
Rui Semedo pede que o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, pondere se não deve colocar o cargo à disposição.
"Acho que o próprio governo assim entendeu em primeira instância mas assumiu uma pequena consequência demitindo o ministro, mas esta responsabilidade não é apenas uma responsabilidade do ministro, é responsabilidade do governo, e o chefe do governo, não obstante estarmos no final do mandado deveria ponderar se de moto próprio, não deveria também ele próprio, colocar o seu cargo a disposição para digamos não prejudicar mais o pais com este caso concreto ", avança
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, pediu na passada terça-feira, a demissão dos cargos que vinha desempenhando no Governo. Em causa está a nomeação do português César do Paço para cônsul honorário de Cabo Verde na Flórida.