Livrarias em tempos da COVID-19

PorDulcina Mendes,10 mai 2020 10:48

A pandemia do novo coronavírus levou ao condicionamento de muitas livrarias e, com isso, ficamos privados de estar mais perto dos livros. Só nos resta ler os livros através da internet ou recorrer as obras que temos nas nossas casas.

Os lançamentos de livros que estavam agendados foram todos cancelados e não se sabe até quando é que se pode voltar ao normal. Em Cabo Verde, com o estado de emergência, todos os serviços foram encerrados, excepto os que prestam serviços de primeira necessidade.

Além da apresentação de livros, as conversa, os debates e os workshops que aconteciam nas livrarias foram também adiados até segundas ordens, para evitar que a COVID-19 se espalhe e contamine mais pessoas.

Alguns escritores têm procurado as redes sociais para interagir com os seus leitores e para as suas obras, como é o caso da escritora Natacha Magalhães, que tem levado histórias infantis aos mais pequenos, através da sua página da rede social, o Facebook.

O escritor Germano Almeida, por exemplo, colocou o seu mais recente livro no mercado, “O Último Mugido”, mas cancelou a apresentação pública da obra. O livro está à venda numa livraria em São Vicente que faz a sua entrega ao domicílio.

Como Germano Almeida, muitos outros escritores tiveram que cancelar a apresentação público das suas obras, sem previsão de quando é que serão mostradas aos leitores nem como será a sua apresentação. Depois dessa pandemia nada será como dantes. Por agora os lançamentos podem ser através das redes socias, o que não é a mesma coisa, mas não resta outra opção.

Este poderia ser um momento para se procurar mais livros porque com o isolamento há mais tempos para ler, para se dedicar mais à leitura e adquirir mais conhecimentos.

A livraria Semente em São Vicente informa que tem estado a abrir as portas das 17h00 às 19h00, para fornecer os livros encomendados ou para possibilitar a compra a algum cliente. A livraria faz a divulgação das novidades nas redes sociais para, assim, continuar a venda das suas obras.

Na cidade da Praia, o Nhô Eugénio Livraria optou pelo encerramento por tempo indeterminado, alegando razões de segurança. E a Livraria Pedro Cardoso, por seu lado, por suspender todos os seus eventos.

“Na sequência das medidas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde para evitar a entrada e propagação da Covid-19 no país, nomeadamente, a realização de eventos públicos que reúnam número significativo de participantes, em espaços abertos ou fechados, a Livraria Pedro Cardoso torna público que cancelou todos os eventos programados para este mês de Março. Esta decisão manterá até ao levantamento das restrições impostas pelas autoridades nacionais”, indicou a livraria na sua página na rede social, Facebook.

Em Portugal, por exemplo, a ministra da Cultura, Graça Fonseca defendeu que as livrarias podiam ficar abertas durante o estado de emergência para venderem os livros à porta.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 962 de 6 de Maio de 2020.  

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Autoria:Dulcina Mendes,10 mai 2020 10:48

Editado porJorge Montezinho  em  18 fev 2021 23:20

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