“Morabeza, Festa do Livro” chega ao Fogo num ano marcado por novos lançamentos

PorSheilla Ribeiro,5 jan 2020 9:42

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Em 2019 a 3ª edição de “Morabeza, Festa do Livro” chegou pela primeira vez à ilha do Fogo, o ano fica também marcado por lançamentos de várias obras e realizações de eventos relacionados com a leitura e poesia, nomeadamente. É também de se citar homenagens e distinções.

Em Fevereiro, o livro de poemas “Rua Antes do Céu”, do poeta José Luiz Tavares, foi um dos finalistas ao Prémio Literário Casino da Póvoa, que foi decidido durante a 20ª edição das Correntes d’Escritas.

Ainda neste mês do ano, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, lançou no teatro Almeida Garett, na Póvoa do Varzim (Portugal), o seu mais recente livro, “A Sedutora Tinta de Minhas Noutes”. Publicada pela Editora Rosa de Porcelana, a selecção esteve a cargo do poeta cabo-verdiano Arménio Vieira que escreveu o “prefácio”. A mesma obra foi apresentada na cidade da Praia no mês de Março.

Março

Em Março, por ocasião ao Dia Mundial da Poesia (21), a Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA) e a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago realizaram uma arruada poética e musical pelas ruas da Cidade Velha, sítio que é Património Mundial da Humanidade.

A cantora e educadora cabo-verdiana, Celina Pereira apresentou, em finais de Março, na cidade da Praia, o áudio-livro inclusivo “A Sereia Mánina e seus sapatos vermelhos”.

Abril

No mês de Abril, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, foi capa da 5ª edição da revista “Leitura”, “a “única” revista cultural que é publicada regularmente em Cabo Verde há dois anos.

Junho

A IX edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, aconteceu no mês de Junho na cidade da Praia e teve como tema principal a literatura infanto-juvenil. O evento foi organizado pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e pela Câmara Municipal da Praia (CMP). O intuito foi de contribuir para o diálogo e a aproximação entre os escritores de língua portuguesa, dos diferentes continentes.

Além do mais, realizou-se um encontro entre Arménio Vieira e Germano Almeida, escritores cabo-verdianos vencedores do Prémio Camões, em 2009 e 2018, respectivamente, e alunos do 11.º ano de escolaridade das escolas do município da Praia, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde. Germano Almeida foi o homenageado da IX edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa.

Pelo terceiro ano consecutivo, a ilha do Sal acolheu a II Edição do Festival Literatura Mundo. O evento decorreu entre 27 e 30 de Junho. A edição deste ano homenageou os escritores Orlanda Amarílis (Cabo Verde) e Johann Wolfgang von Goethe (Alemanha). O festival foi centro em quatro conferências, sete mesas de diálogos temáticos, feira de livros, sessões de leituras poéticas e de leituras autorais diversas e encontros com estudantes da ilha.

Outubro

A 3ª edição da “Morabeza, Festa do Livro” regressou à cidade da Praia e chegou, pela primeira vez, à ilha do Fogo, entre os dias 25 de Outubro e 3 de Novembro. O evento, promovido pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC), contou, este ano, com a presença de José Ramos-Horta, ex-presidente da República de Timor-Leste e Nobel da Paz em 1996.

Em Outubro, o falecido médico, escritor e ensaísta, Teixeira de Sousa, foi homenageado pela Academia Cabo-verdiana de Letras (ACL). Em declarações à imprensa, o presidente da ACL, David Hopffer Almada, disse que ao ler as obras de Teixeira de Sousa pode-se tirar duas lições, saber como é a “nossa gente” e saber que há gente capaz de transpor esse conhecimento para um livro e para a memória futura.

Resultante de uma conversa de vários meses e longas horas, o livro “Ulisses, Governar Diferente” do jornalista e escritor António Monteiro foi lançado a 31 de Outubro, dando a conhecer o percurso do homem falando da sua infância, juventude e vida universitária em Portugal, com pormenores que eram desconhecidos do público.

Depois de Portugal, foi a vez da cidade da Praia conhecer, em Dezembro, o mais recente romance do cantor, compositor e escritor Mário Lúcio Sousa, intitulado “O Diabo Foi Meu Padeiro”, um romance que traz a memória histórica do campo de concentração do Tarrafal, agora Museu da Resistência. 

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 944 de 01 de Janeiro de 2020. 

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Autoria:Sheilla Ribeiro,5 jan 2020 9:42

Editado pormaria Fortes  em  24 set 2020 23:21

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