Cabo Verde Airlines espera quintuplicar facturação até 2023

PorExpresso das Ilhas, Lusa,3 out 2019 7:52

​A Cabo Verde Airlines, privatizada em Março, prevê facturar mais de 9 mil milhões de escudos este ano, valor que espera quintuplicar até 2023, segundo as projecções da companhia aérea.

Os dados, citados pela Lusa, constam da informação institucional preparada no âmbito da venda, a emigrantes, de 74.650 acções (cerca de 7,65% do capital social) na posse do Estado cabo-verdiano da antiga empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), entretanto transformada em Cabo Verde Airlines (CVA) e maioritariamente vendida (51%) aos islandeses da Icelandair.

De acordo com os mesmos dados, a administração da CVA prevê facturar mais de 9.015 milhões de escudos em 2019, valor que deverá subir para 23.473 milhões de escudos em 2020 e para mais de 46.450 milhões de escudos em 2023.

A previsão da companhia para o EBIDTA (resultado líquido de impostos e que serve para aferir a competitividade e eficiência de uma empresa) ainda é negativo para 2019, em 3.485 milhões de escudos. Contudo, a partir de 2020, a previsão é que chegue a valores positivos, começando em 914 milhões de escudos e até 3.491 milhões de escudos, em 2023.

Os dados disponibilizados aos investidores reflectem ainda a facturação da empresa no primeiro semestre de 2019, que passou de 439.181 dólares na primeira semana do ano para mais de 1,6 milhões de dólares na última semana de Junho.

A Lusa noticiou na terça-feira que o Governo cabo-verdiano espera encaixar quase um milhão de euros com a venda de 7,65% das acções da antiga companhia aérea estatal junto da diáspora, processo que arrancou no dia 30 de Setembro.

De acordo com o anúncio feito pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, a venda das 74.650 acções da antiga TACV, cada uma a um preço unitário de 1.457 escudos, vai decorrer até 16 de Dezembro de 2019.

No total, com este pacote de acções, equivalente a 7,65% da estrutura accionista, o Governo cabo-verdiano espera arrecadar até 108.765.050 escudos.

“Com isto, o Governo está a cumprir com mais esta importante etapa no processo de privatização da TACV”, afirmou Olavo Correia.

“Certamente a venda à diáspora também o será. A nossa diáspora sempre teve um papel importante no trajecto de Cabo Verde. Merece esta oportunidade”, afirmou o governante.

O processo faz parte da reestruturação da antiga TACV, em que a primeira iniciativa foi a venda de 51% das acções da empresa aos islandeses da Icelandair, passando a chamar-se Cabo Verde Airlines.

O Estado de Cabo Verde passou a deter 49% das ações, e optou por vender 10% aos trabalhadores e aos emigrantes cabo-verdianos, num total de 100 mil acções, e os restantes 39% a investidores institucionais (390 mil acções).

Um total de 91 trabalhadores da antiga transportadora aérea pública cabo-verdiana tornaram-se accionistas da empresa, numa operação que aconteceu pela primeira vez, enquadrada no processo de reestruturação da agora privada Cabo Verde Airlines.

Segundo o anúncio feito em 20 de Setembro, em conferência de imprensa realizada na cidade da Praia, pelo secretário de Estado das Finanças cabo-verdiano, Gilberto Barros, a venda das acções aos trabalhadores da CVA foi iniciada a 01 de Julho e concluída a 01 de Setembro.

Segundo o governante, a venda directa aos 91 trabalhadores foi feita através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, num total de 25.350 acções – equivalente a 2,65% do total -, a um preço de 1.457 escudos cada (13 euros), sendo que os trabalhadores tiveram direito a um desconto de 15% em cada acção.

O encaixe financeiro para o Estado foi de 31,4 milhões de escudos, contabilizou Gilberto Barros, indicando que o número de trabalhadores que adquiriram acções corresponde a menos de 30% do total dos cerca de 320 funcionários.

Até ao final do ano garantiu que serão vendidos os 39% de acções do capital social da empresa aos investidores institucionais, num processo em que neste momento a procura é muito superior a oferta, pelo que vai ser realizado por meio de leilão competitivo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,3 out 2019 7:52

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  20 jun 2020 23:21

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